“Ser o mestre do seu movimento.” Esse é o objetivo primordial do parkour, prática que tem traços da calistenia e que também carrega a ideia de que não há competição a não ser consigo mesmo. “Não pedimos para que as pessoas façam tudo igual, mas que cada uma se supere, do seu jeito”, afirma Thiago Ramalho, de 34 anos, engenheiro e instrutor do Parkour Generations Brasil, grupo criado para difundir a prática no país. Assim como o street workout, o parkour é realizado na rua e não precisa de equipamentos, apenas do corpo.
Para Thiago, praticante há oito anos, três pilares são fundamentais para um bom desempenho. “O primeiro deles é a força. É preciso ter o mínimo de condicionamento para executar os movimentos”, reconhece. Outro seria o desenvolvimento da técnica para melhorar a eficiência da atividade. “E finalmente o desafio que deve ser vencido: mais força, mais técnica e novos desafios”, resume. O mesmo vale para o street workout.
A força e o preparo físico são fáceis de alcançar, já que a própria prática regular das atividades de rua ajuda. Mas a técnica não se encontra em qualquer lugar. Tanto no caso do parkour quanto da calistenia, são os próprios praticantes mais experientes que transmitem o conhecimento adquirido. Não é por acaso que os precursores das atividades no Brasil se consideram verdadeiros estudiosos. “Comprei livros e pesquisei sobre o assunto. Quero ensinar as pessoas para que elas não cometam os mesmos erros que eu”, afirma o estudante de educação física Luiz Otávio Mesquita, criador do grupo Calistenia Brasil.
Thiago já é, inclusive, professor e dá aulas de parkour todas as terças e quintas-feiras. A mensalidade é de R$ 150, mas os interessados em fazer aulas avulsas podem desembolsar R$ 20. O objetivo é praticar cada semana em um local distinto dentro da Região Centro-Sul de BH. “Fazemos um rodízio entre as praças para diversificar os obstáculos e movimentos. A parte boa é que nunca é a mesma coisa e não se cai na rotina, o que ocorre muito nas demais atividades físicas”, reconhece.
Para a coordenadora do curso de educação física do Uni-BH, Kenya Oliveira, a saturação da musculação tradicional justifica o crescimento de atividades como a calistenia e o parkour e a posição que ocupam entre as principais tendências fitness para o próximo ano. “Eles têm um pouco do que se faz no treinamento funcional, que é essa questão do fortalecimento da musculatura e também de equilíbrio do centro corporal, que envolve abdômen e coluna”, explica Kenya.
CUIDADOS Considerando que existem poucos profissionais capacitados para fazer o acompanhamento dos praticantes, é preciso desenvolver bem a técnica para evitar lesões. “Os movimentos requerem estabilidade corporal e força. Se a pessoa não tem nem um nem outro, a chance de ter uma lesão é grande, principalmente de coluna”, alerta Kenya. A estabilidade corporal envolve equilíbrio entre o tronco, abdômen e coluna e só é alcançada com trabalho intenso de fortalecimento e autoconhecimento. “Tendo essa região mais estável, é possível ter maior eficiência nos movimentos executados com pernas e braços. Eles se tornam mais harmônicos”, acrescenta a coordenadora do curso de educação física do Uni-BH.
O ortopedista e traumatologista do esporte do Hospital das Clínicas da UFMG Lucas Boechat reconhece que esses praticantes só o procuram quando são vítimas de um evento de trauma. “Não são como os corredores de rua, que nos procuram antes para fazer a atividade com segurança”, afirma. Ele lembra que erros no parkour podem levar a lesões severas, como as de ligamento e até fraturas. “No caso do street workout, as lesões mais frequentes estão relacionadas à sobrecarga, já que o peso do corpo pode ser usado de várias maneiras diferentes e com dificuldades distintas”, afirma. O ortopedista reconhece que, em geral, os esportistas já praticam essas atividades sabendo dos riscos que estão correndo. “Mas a própria prática vai garantindo esse conhecimento e as pessoas começam a entender seus limites”, reconhece. O ideal é buscar orientações mínimas com profissionais da área e começar com parcimônia.
Para Thiago, praticante há oito anos, três pilares são fundamentais para um bom desempenho. “O primeiro deles é a força. É preciso ter o mínimo de condicionamento para executar os movimentos”, reconhece. Outro seria o desenvolvimento da técnica para melhorar a eficiência da atividade. “E finalmente o desafio que deve ser vencido: mais força, mais técnica e novos desafios”, resume. O mesmo vale para o street workout.
A força e o preparo físico são fáceis de alcançar, já que a própria prática regular das atividades de rua ajuda. Mas a técnica não se encontra em qualquer lugar. Tanto no caso do parkour quanto da calistenia, são os próprios praticantes mais experientes que transmitem o conhecimento adquirido. Não é por acaso que os precursores das atividades no Brasil se consideram verdadeiros estudiosos. “Comprei livros e pesquisei sobre o assunto. Quero ensinar as pessoas para que elas não cometam os mesmos erros que eu”, afirma o estudante de educação física Luiz Otávio Mesquita, criador do grupo Calistenia Brasil.
Thiago já é, inclusive, professor e dá aulas de parkour todas as terças e quintas-feiras. A mensalidade é de R$ 150, mas os interessados em fazer aulas avulsas podem desembolsar R$ 20. O objetivo é praticar cada semana em um local distinto dentro da Região Centro-Sul de BH. “Fazemos um rodízio entre as praças para diversificar os obstáculos e movimentos. A parte boa é que nunca é a mesma coisa e não se cai na rotina, o que ocorre muito nas demais atividades físicas”, reconhece.
Para a coordenadora do curso de educação física do Uni-BH, Kenya Oliveira, a saturação da musculação tradicional justifica o crescimento de atividades como a calistenia e o parkour e a posição que ocupam entre as principais tendências fitness para o próximo ano. “Eles têm um pouco do que se faz no treinamento funcional, que é essa questão do fortalecimento da musculatura e também de equilíbrio do centro corporal, que envolve abdômen e coluna”, explica Kenya.
CUIDADOS Considerando que existem poucos profissionais capacitados para fazer o acompanhamento dos praticantes, é preciso desenvolver bem a técnica para evitar lesões. “Os movimentos requerem estabilidade corporal e força. Se a pessoa não tem nem um nem outro, a chance de ter uma lesão é grande, principalmente de coluna”, alerta Kenya. A estabilidade corporal envolve equilíbrio entre o tronco, abdômen e coluna e só é alcançada com trabalho intenso de fortalecimento e autoconhecimento. “Tendo essa região mais estável, é possível ter maior eficiência nos movimentos executados com pernas e braços. Eles se tornam mais harmônicos”, acrescenta a coordenadora do curso de educação física do Uni-BH.
O ortopedista e traumatologista do esporte do Hospital das Clínicas da UFMG Lucas Boechat reconhece que esses praticantes só o procuram quando são vítimas de um evento de trauma. “Não são como os corredores de rua, que nos procuram antes para fazer a atividade com segurança”, afirma. Ele lembra que erros no parkour podem levar a lesões severas, como as de ligamento e até fraturas. “No caso do street workout, as lesões mais frequentes estão relacionadas à sobrecarga, já que o peso do corpo pode ser usado de várias maneiras diferentes e com dificuldades distintas”, afirma. O ortopedista reconhece que, em geral, os esportistas já praticam essas atividades sabendo dos riscos que estão correndo. “Mas a própria prática vai garantindo esse conhecimento e as pessoas começam a entender seus limites”, reconhece. O ideal é buscar orientações mínimas com profissionais da área e começar com parcimônia.