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Para fazer o exame, o paciente precisa ser sedado e deitado em uma maca sobre seu lado esquerdo, possibilitando a passagem do endoscópio. “Durante o processo de varredura, é possível fazer a ressecção (extirpação cirúrgica) dos pólipos adenomatosos, protuberâncias que poderão virar tumores e câncer, o que aumenta a possibilidade de cura do paciente. A colonoscopia é indicada para indivíduos a partir dos 50 anos de idade, como medida de prevenção de neoplasias de cólon e reto, ou pessoas com histórico familiar de tais doenças”, ressalta o endoscopista. Se a pessoa tem um histórico de câncer de intestino em parentes de primeiro grau (pais, irmãos e filhos), deve começar esta prevenção antes, aos 40 anos, ou 10 anos antes da idade do familiar que teve a doença.
Coloproctologista, professora da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais e presidente da Sociedade Mineira de Coloproctologia, Sinara Leite explica que a colonoscopia se tornou mais popular nos últimos 20 anos, a partir do conhecimento de que a grande maioria dos tumores de intestino tem origem nos pólipos intestinais. “Pólipos são lesões ‘verrucosas’, que crescem na parede intestinal. Surgem por alteração genética nas células intestinais (herdada ou adquirida ao longo da vida). A ideia é encontrar pólipos pequenos, removíveis, e não lesões já avançadas. Lembrando que antes dos 50 anos já é possível fazer a prevenção de câncer de intestino com pesquisa de sangue oculto nas fezes e exame proctológico. Estes exames são mais simples, acessíveis e permitem avaliar quem deve ser encaminhado para a colonoscopia.”
Evolução
Embora a colonoscopia seja um exame muito melhor do que os usados antigamente, é certo que algumas pessoas deixam de fazê-lo, por achá-lo invasivo ou temer o preparo. “Sabemos que o preparo para o exame é mesmo um problema – desconfortável, etc. Mas, quando pensamos que, há 30 anos, para remover um pólipo tínhamos que abrir a barriga do paciente, pois não havia nem colonoscopia nem cirurgia laparoscópica (que ainda não está padronizada pelo SUS para cirurgia colorretal). Ou seja, tudo é relativo. A colonoscopia, mesmo com o preparo, é um avanço enorme no diagnóstico precoce e tratamento do câncer de intestino”, garante Sinara.
A.M.F., auxiliar administrativo em uma empresa multinacional, conta que há cerca de oito anos descobriu que tinha um câncer de intestino. “Na época, comecei a ter alguns problemas intestinais, como dores de barriga incontroláveis. Tinha que correr para o banheiro, pois não conseguia segurar, pois a pressão era muita. Pensei que fosse alguma comida estragada, algo assim, mas a coisa continuou por alguns dias. Diante disso, decidi consultar um gastroenterologista, que me aconselhou a fazer uma colonoscopia, que foi precisa no diagnóstico. Fui operado e passei por várias seções de quimioterapia e nunca tive mais nada. Repito o exame de colonoscopia todos os anos para ver se tem algum problema, mas, graças a Deus, os resultados têm sido ótimos e me sinto totalmente curado.”
Por dentro do intestino
Nos dias 22 e 23, no Shopping Boulevard, será realizada a Campanha de Prevenção do Câncer de Intestino. “No local haverá um ‘intestinão’, que é um protótipo de um intestino. É muito interativo e as visitas são guiadas com explicações sobre as doenças”, diz a especialista Sinara Leite.