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Câncer de intestino: nova técnica endoscópica permite detecção mais certeira de lesões Transplante de bactérias presentes no intestino pode ser a chave para o emagrecimentoGordura do intestino barra compulsão alimentarCâncer de intestino está entre os que mais crescem no Brasil, mas medidas simples podem preveni-loEm feito inédito, pesquisadores conseguem observar em tempo real os neurônios do intestinoIntestino gigante chega a BH para alertar população para o câncer colorretalPesquisa indica que consumo de café aumenta chance de sobrevivência ao câncer de intestinoDuas em cada três brasileiras sofrem com problemas intestinaisSobrevida de brasileiros com câncer alcança níveis de nações desenvolvidasNanomedicamentos são capazes de agir em escala milimétrica no combate às células doentesEstudo alerta para aumento de casos de câncer de cólon entre jovensPara fazer o exame, o paciente precisa ser sedado e deitado em uma maca sobre seu lado esquerdo, possibilitando a passagem do endoscópio. “Durante o processo de varredura, é possível fazer a ressecção (extirpação cirúrgica) dos pólipos adenomatosos, protuberâncias que poderão virar tumores e câncer, o que aumenta a possibilidade de cura do paciente. A colonoscopia é indicada para indivíduos a partir dos 50 anos de idade, como medida de prevenção de neoplasias de cólon e reto, ou pessoas com histórico familiar de tais doenças”, ressalta o endoscopista. Se a pessoa tem um histórico de câncer de intestino em parentes de primeiro grau (pais, irmãos e filhos), deve começar esta prevenção antes, aos 40 anos, ou 10 anos antes da idade do familiar que teve a doença.
Coloproctologista, professora da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais e presidente da Sociedade Mineira de Coloproctologia, Sinara Leite explica que a colonoscopia se tornou mais popular nos últimos 20 anos, a partir do conhecimento de que a grande maioria dos tumores de intestino tem origem nos pólipos intestinais. “Pólipos são lesões ‘verrucosas’, que crescem na parede intestinal. Surgem por alteração genética nas células intestinais (herdada ou adquirida ao longo da vida). A ideia é encontrar pólipos pequenos, removíveis, e não lesões já avançadas. Lembrando que antes dos 50 anos já é possível fazer a prevenção de câncer de intestino com pesquisa de sangue oculto nas fezes e exame proctológico. Estes exames são mais simples, acessíveis e permitem avaliar quem deve ser encaminhado para a colonoscopia.”
Evolução
Embora a colonoscopia seja um exame muito melhor do que os usados antigamente, é certo que algumas pessoas deixam de fazê-lo, por achá-lo invasivo ou temer o preparo. “Sabemos que o preparo para o exame é mesmo um problema – desconfortável, etc. Mas, quando pensamos que, há 30 anos, para remover um pólipo tínhamos que abrir a barriga do paciente, pois não havia nem colonoscopia nem cirurgia laparoscópica (que ainda não está padronizada pelo SUS para cirurgia colorretal). Ou seja, tudo é relativo. A colonoscopia, mesmo com o preparo, é um avanço enorme no diagnóstico precoce e tratamento do câncer de intestino”, garante Sinara.
Por dentro do intestino
Nos dias 22 e 23, no Shopping Boulevard, será realizada a Campanha de Prevenção do Câncer de Intestino. “No local haverá um ‘intestinão’, que é um protótipo de um intestino. É muito interativo e as visitas são guiadas com explicações sobre as doenças”, diz a especialista Sinara Leite.