

Um exemplo é a corda naval, que tem a versatilidade de ser usada em circuitos funcionais, mas também na preparação de atletas das artes marciais, tênis e até motocross, ou mesmo isoladamente, em aulas dedicadas exclusivamente à prática. Tudo isso porque, além de trabalhar grupos musculares do corpo inteiro, desenvolve uma grande força na pegada – importante para esportes como artes marciais e tênis –, equilíbrio, resistência muscular e capacidade cardiovascular. "Além de coordenação, agilidade e força", acrescenta o personal trainner do Instituto Barakat, em São Paulo, Fabio Aquino.
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A série de exercícios vai variar de acordo com os objetivos a serem atingidos pelo praticante. "Depende da característica da aula e de como o profissional vai conduzi-la. A luta, por exemplo, exige um trabalho de força, por isso, na hora de montar a aula, o professor vai privilegiar movimentos que priorizem as exigências dessa atividade", afirma Brucce Cota, coordenador fitness da Bodytech Belvedere, na Região Centro-Sul da capital.
Quanto mais longa e mais espessa, maior é o peso da corda e, consequentemente, maiores serão os estímulos musculares durante o treino. "É um trabalho de explosão muito grande e quanto mais comprida maior será a necessidade de força explosiva para controlar os movimentos. Trabalha-se muito os membros superiores, mas os inferiores também", garante Paulo Quiroga, instrutor de musculação da Bodytech. Além de braços, costas e abdome, pélvis, coluna e pernas são acionadas durante a execução dos movimentos ondulatórios. "É um trabalho integrado. O quadril e até o glúteo precisam de força", observa Glayce Cristina de Paula, coordenadora das unidades da Runner em Belo Horizonte.
Para a médica Amanda Pifano Soares Ferreira, de 28 anos, a atividade foi interessante, inclusive, para melhorar a postura. "Já faço há seis meses e vejo que tem tanto esse trabalho de musculatura como de posição. Já sinto os efeitos, principalmente porque exige um trabalho do corpo todo para ter equilíbrio para impulsionar a corda", conta. O resultado vem da estabilização que a atividade exerce sobre a coluna, explica o instrutor de musculação Paulo Quiroga.

EVOLUÇÃO
A atividade permite uma evolução gradativa não apenas de tempo, repetição e frequência cardíaca, como também de posições adotadas durante o exercício. "Entre as possibilidades está o aumento da velocidade das ondas, o que torna a prática mais difícil. A pessoa ainda pode variar na posição, fazendo deitada, sentada e até agachada. É possível inventar bastante", reconhece Glayce. Até polichinelo pode ser introduzido ao longo do treinamento.
Além de orientação profissional para fazer os movimentos de forma correta, lesões na coluna e outras contraindicações como hipertensão, diabetes e problemas cardíacos devem ser considerados antes de iniciar as atividades. "Quem também não tem força e capacidade suficientes de estabilização da pélvis e da coluna pode ter mais malefícios que benefícios", alerta Paulo Quiroga.