Kenny acredita que o estudo é o primeiro do tipo a examinar o tempo de vida dos artistas populares em sete décadas, com uma linha de pesquisa que inclui músicos de vários gêneros, do jazz ao pop cristão, passando pelo punk.
A professora de Psicologia e Música constatou que as mortes acidentais de 'pop stars' ficam entre cinco e 10 vezes acima da média da população americana, enquanto a taxa de suicídio fica entre duas e sete vezes acima. Os índices de homicídio são até oito vezes maiores do que entre a população em geral.
O estudo aponta que "pelas sete décadas estudadas, o tempo de vida dos músicos chegou a ser 25 anos menor que a média da população americana". Ao mesmo tempo, a professora destaca que apesar do aumento do tempo de vida dos dois grupos com o passar dos anos, os artistas masculinos viram a idade média da morte subir de 55 para 60 na década passada, enquanto entre a população geral a média chega a 75.
Mulheres da música pop tem a idade média de morte pouco acima dos 60, muito abaixo da população, que registra média acima de 80 anos, segundo o estudo.
Clube do 27: mito?
Um estudo de 2011 da Universidade de Tecnologia de Queensland derrubou o mito do "Clube do 27", sobre o número de rock stars que morrem aos 27 anos, mas limitou a pesquisa apenas a artistas que atingiram o primeiro lugar das paradas com seus álbuns na Grã-Bretanha entre 1956 e 2007.
Outro estudo, da Universidade John Moores de Liverpool, publicado no British Medical Journal em 2012, teve um foco menor ao examinar as mortes de 1.489 astros da música pop e rock da América do Norte e da Europa que ficaram famosos entre 1956 e 2006.
Os pesquisadores descobriram que a taxa de mortalidade dos músicos aumentou em comparação com a população com o passar do tempo depois que eles ficaram famosos.
Dianna Kenny destacou que mais pesquisas são necessárias para confirmar os resultados iniciais, mas que os dados mostram que a indústria da música pop precisa fazer mais para apoiar os jovens músicos que geram lucros.