Saúde

Ebola leva ONU a lançar programa de segurança alimentar na África

As atividades incluem campanhas de alerta, estímulo a produção pecuária e agrícola, introdução de estratégias de microcrédito para amparar produtores rurais e acionamento de sistemas de alerta de resposta prévios

Agência Estado

Agente de saúde checa a temperatura de um homem em Ganta, na Libéria

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês) lançou um programa nesta quarta-feira para auxiliar 90.000 famílias na Guiné, Libéria e Serra Leoa, os três países mais afetados pela epidemia de Ebola.


As atividades incluem campanhas de alerta, estímulo a produção pecuária e agrícola, introdução de estratégias de microcrédito para amparar produtores rurais e acionamento de sistemas de alerta de resposta prévios. "Nossa resposta compreensiva é parte de esforços globais das Nações Unidas para salvar vidas", afirmou Vincent Martin, chefe do escritório coordenador da ação.

A FAO informou que precisa urgentemente de US$ 30 milhões nos próximos doze meses para ajudar famílias em áreas rurais, as mais afetadas pelo surto da doença. São 8.000 na Guiné, 21.200 na Libéria e 58.182 em Serra Leoa.

"Esse surto já está reduzindo o fornecimento de energia de famílias vulneráveis, o que significa menos comida nos seus pratos e aumentam os riscos nutricionais para famílias que já estão subnutridas. Medo e estigmatização também ameaçam reduzir as atividades agrícolas, colocando a segurança alimentar em risco", afirmou Bukar Tijani, diretor-geral assistente no escritório regional na África.

A FAO alertou que se a situação não for controlada agora, a epidemia de ebola pode causar impactos de longo prazo na economia rural desses países.