O estudo, conduzido pelo Grupo de Pesquisa Clínica e pelo Centro de Estudos de Doenças Autoimunes (CREA), da Universidade do Rosário, na Colômbia, demonstrou que "uma mulher que fizer terapia de reposição hormonal tem 1,96 vez mais o risco de desenvolver lúpus do que uma mulher que não o fizer", explicou a cientista Adriana Rojas em um comunicado.
O lúpus eritematoso é uma das doenças autoimunes mais comuns, nas quais as defesas do corpo atacam o organismo, e entre suas manifestações estão a inflamação nas articulações, a vermelhidão na face, problemas cognitivos ou de memória, bem como dificuldades cardiopulmonares.
A pesquisa revisou mais de 7.000 estudos feitos em todo o mundo, tanto de mulheres saudáveis quanto de afetadas por lúpus, submetidas a tratamento de reposição hormonal ou que usaram anticoncepcionais hormonais, e deixou evidente a relação entre as duas situações.
No entanto, os autores do estudo destacaram que o fato de uma mulher ser tratada com hormônios não quer dizer que ela vá ter lúpus, pois se requer a confluência de outros fatores genéticos, ambientais e imunológicos para desenvolver a doença.
"O tema ainda não está resolvido e faz falta realizar mais estudos que consigam responder à pergunta de se os hormônios têm relação com o desenvolvimento do lúpus ou sua exacerbação", disse a pesquisadora Ángela María Ruiz.
"Este estudo vai servir de base para que mais adiante se possa estudar o tema de forma definitiva", destacou.