Mortos por ebola superam os 3.000

ONU informa que 6.574 pessoas foram infectadas com a febre hemorrágica em cinco países do oeste da África

por AFP - Agence France-Presse 29/09/2014 10:43

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O número de mortos na pior epidemia de ebola da História superou 3.000, com o vírus mortal matando quase a metade dos mais de 6.000 infectados, alertou neste sábado (27) a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em seu balanço mais recente, a agência sanitária da ONU informou que um total de 6.574 pessoas foram infectadas com a febre hemorrágica em cinco países do oeste da África e, destas, 3.091 morreram desde o início da epidemia, no começo do ano.

Na quinta-feira, citando dados relativos até 21 de setembro, a OMS havia contabilizado 2.917 mortos entre 6.263 casos. A OMS ressalta, contudo, que a mudança dos dados não significa que houve mais mortes ou pessoas infectadas nos da atualização, mas refletem uma contagem tardia.

Última contagem da OMS
Segundo a última contagem da OMS, de 23 de setembro, na Guiné, onde o surto começou no ano passado, o Ebola infectou 1.074 pessoas, matando 648 delas.

Na Libéria, país mais atingido, 3.458 pessoas foram infectadas e delas 1.830 morreram. Em Serra Leoa, o Ebola infectou 2.021 pessoas e matou 605.

A Nigéria teve 20 casos, com oito mortes, e o último caso registrado no país data de 5 de setembro. O Senegal, que só teve um caso confirmado de Ebola, só pode ser considerado livre do Ebola depois de 42 dias do registro da doença.

Profissionais de saúde
Os profissionais de saúde, escassos nos países pobres, foram bastante afetados pela epidemia. Até o dia 23 de setembro, foram 375 infectados na África ocidental. Desse total, 211 morreram.

Na Guiné, 67 profissionais de saúde foram infectados e 35 morreram. Na Libéria, foram 184 infectados e 89 mortos. Em Serra Leoa, 113 infectados e 82 mortos. Na Nigeria, 11 profissionais de saúde foram infectados e cinco morreram.

A República Democrática do Congo também passou pelo surto de Ebola. Até 23 de setembro, a doença matou no país 42 das 70 pessoas infetadas. Desse total, oito eram trabalhadores da saúde.