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As autoridades esperam encontrar e isolar os pacientes com ebola que têm resistido a ir para os centros de tratamento, geralmente vistos apenas como locais onde se vai para morrer. Alguns especialistas internacionais de saúde advertiram que a estratégia pode ter efeito contrário, principalmente se não houver leitos suficientes nos centros de tratamento para os novos pacientes encontrados durante o confinamento.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) disse que a medida fornece uma oportunidade para dizer às pessoas como se proteger.
"Se as pessoas não têm acesso às informações corretas, precisamos levar mensagens que podem salvar suas vidas a elas, às suas portas", declarou Roeland Monasch, representante do Unicef em Serra Leoa. Em comunicado, o fundo da ONU para a infância disse que a operação precisa ser realizada "de forma sensível e respeitosa".
Durante este surto, que é o primeiro a atingir vários países da África ocidental, algumas pessoas têm atacado os trabalhadores da saúde, acusando-os de espalhar a doença. Outras, não acreditam na existência do ebola. Muitos moradores de vilas reagiram com medo e pânico quando estranhos chegaram para realizar campanhas de conscientização sobre o ebola e nesta semana um enfrentamento deste tipo resultou em mortes.
Seis suspeitos foram detidos pelo assassinato de oito pessoas que faziam uma campanha de conscientização sobre a doença na Guiné.
Em discurso dirigido a todo o país na noite de quinta-feira, o presidente de Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, disse que trabalhadores da área da saúde distribuirão sabão e que, assim que uma casa tiver sido visitada, será marcada com um adesivo. Ele pediu que a população obedeça à ordem de permanecer em casa.
"A sobrevivência e a dignidade de cada um dos serra-leoneses está em jogo; tudo pelo que trabalhamos está em jogo. Esta é uma luta por cada um de nós; esta é uma luta pela terra que amamos", disse ele.
Mais de 2.600 pessoas morreram em toda a África ocidental, sendo que mais da metade das vítimas fatais era de cidadãos da Libéria.