Tohmé disse que uma investigação está em andamento para esclarecer se o erro, cometido em centros de vacinação da região de Idleb (noroeste), controlada pelos rebeldes em sua maior parte, era de natureza criminosa. O governo interino da oposição "pediu a detenção do conjunto da equipe que participou da campanha de vacinação", composta por voluntários sírios que trabalham com a oposição.
Este gabinete já havia dado instruções para deter a segunda rodada de vacinações contra a rubéola, que havia começado na segunda-feira, após a morte de 15 crianças. O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) informou nesta quinta-feira sobre a morte de outra criança, elevando o número de vítimas fatais a 16.
"A dose de atracúrio utilizada em uma anestesia é de 0,5 miligramas por quilo (do peso da pessoa) e a aplicada em cada criança foi de 5 miligramas", segundo um relatório citado por Tohmé. "Esta dose é suficiente para paralisar os órgãos das crianças com menos de 10 kg". Segundo Tohmé, 62 crianças com mais de dois anos puderam ser salvas.
A guerra na Síria, que começou há três anos, provocou grandes movimentos populacionais, e há milhares de crianças deslocadas e refugiadas. Isso provocou perturbações ou interrupções em todas as campanhas de vacinação.