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Pesquisa contraria estudos que mostram que o leite tem papel importante na prevenção da osteoporose
As gorduras alimentares podem afetar o metabolismo da glicose e a sensibilidade à insulina, desempenhando um papel crucial no desenvolvimento do diabetes tipo 2. Estudos indicam que a substituição da gordura saturada pela monoinsaturadas e pela poli-insaturadas ajuda na prevenção da doença. Isso é, fontes vegetais de gordura seriam uma escolha melhor em comparação com as animais. No novo trabalho, os autores tiveram como objetivo analisar a ingestão dos alimentos mais comuns, classificados de acordo com teor de gordura, e a associação deles com o risco do problema. Eles acompanharam a histórica dietética de 26.930 pessoas com 45 a 74 anos. Durante os 14 anos estudados, identificaram 2.860 casos de desenvolvimento do diabetes.
Na análise mais destrinchada dos derivados do leite, os pesquisadores perceberam que a alta ingestão de creme de leite (calculada como 30ml ou mais por dia) foi associada a uma redução de 15% no risco de desenvolver a doença. O alto teor de gordura do leite fermentado abateu as chances em 20%, quando os maiores consumidores (180ml/dia, cerca de 10% dos consumidores) foram comparados aos não consumidores (60% dos participantes). Em contraste com esses resultados, não houve associação entre a ingestão de laticínios com baixo teor de gordura e o risco de desenvolver diabetes tipo 2.
Ericson acredita que as observações podem contribuir para esclarecer descobertas anteriores sobre as gorduras e suas fontes de alimentos em relação ao diabetes tipo 2. “A diminuição do risco quando há o consumo elevado de lácteos com alto percentual de gordura indica que esse produtos gordurosos estão associados à proteção, pelo menos em parte”, detalha. Os resultados, acredita ele, também teriam impacto no consumo de carne, que foi associado às maiores chances de ter a doença independentemente do teor de gordura da dieta.