O caso de Ashya, de 5 anos, teve grande repercussão internacional com uma verdadeira caçada a seus pais, que o tiraram no mês passado sem a permissão médica do hospital britânico em que estava internado. O pequeno Ashya, hospitalizado desde segunda-feira passada em outro estabelecimento de Praga, Praga-Motol, chegou nesta segunda-feira de manhã ao CTP carregando em seus braços uma girafa de pelúcia.
"Todo o procedimento leva de duas a três horas, incluindo cerca de 40 ou 50 minutos na câmara de radiação. O paciente recebe a radiação apenas por alguns minutos", explicou o Dr. Vladimir Vondracek, outro especialista do CTP.
Tratamento
A terapia de prótons, que não existe no sistema público de saúde britânico, consiste em destruir as células cancerosas, irradiando-as com um feixe de prótons com foco nas lesões, evitando os tecidos saudáveis . Em cada sessão, a criança deve receber anestesia geral para permanecer totalmente imóvel, como explicado pelos médicos do CTP.
Os especialistas do CTP prepararam uma máscara especial e uma almofada sob medida para a criança. "A taxa de sobrevivência para a doença apresentada por Ashya é de 70 a 80%. Temos muitas razões para esperar uma recuperação completa", afirmou o Dr. Barbora Ondrová do CTP.
A criança é acompanhada em Praga por seus pais, que o tiraram sem autorização do hospital de Southampton (Inglaterra), antes de levá-lo para Málaga (Espanha). Seus pais, que achavam que o tratamento seguido por seu filho em Southampton era muito agressivo, decidiram levá-lo à Praga para receber a protonterapia. Para financiar este tratamento, eles decidiram vender uma casa na Espanha, e por isso viajaram para este país, onde foram detidos a pedido de Londres, e em seguida libertados.