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Pega-pega e bambolê também podem ter abordagem adulta. As adaptações são necessárias, diz o fisioterapeuta Álisson Jardim. “Não pode infantilizar. Quando tratamos adultos e idosos como crianças, a resposta não é positiva”, enfatiza. Para o especialista, não existe exercício certo ou errado — uma avaliação clínica é que avaliará a condição física e a necessidade da pessoa. “Essa realidade depende muito do histórico de vida do indivíduo”, acrescenta.
Uma das atividades mais comuns que fazem alusão a brincadeiras infantis é o jump ou a cama elástica. “Melhora a coordenação motora, o equilíbrio e pode ser usado no treino funcional. Só contraindico no caso de problemas lombares”, afirma Álisson. O servidor público Nivaldo Dóro Júnior, 41 anos, viu a vida mudar graças a essa atividade. Depois de uma cirurgia nos joelhos e no quadril, não podia mais fazer exercícios de alto impacto. “O jump favoreceu a minha reabilitação muscular. Hoje, eu até corro em esteira. Além disso, é uma aula motivacional, que proporciona uma liberdade não só física, mas psicológica”, elogia. Além do jump, ele pratica zumba, musculação e treino funcional. É importante ressaltar que esse exercício não deve ser feito em casa sem acompanhamento de um profissional.
Já pular corda é uma atividade de alto gasto calórico. O exercício tonifica os músculos e aumenta a resistência física. Os saltos impulsionam a atividade biomotora do corpo e fortalecem os tendões. Outro benefício é melhorar a reatividade corporal. O corpo reage rapidamente ao estímulo e o salto ajuda na ação rápida em diversas situações. “Engana-se quem pensa que é simples e apenas coisa de criança. Pular corda trabalha a coordenação motora, melhora o condicionamento cardiovascular, a agilidade e ajuda no fortalecimento de membros inferiores”, ensina o personal trainer Ygor Pessoa. “Eu me deparo com muitos alunos que me dizem: ‘Desde criança não pulo corda’.”
E, ao contrário do que muitos pensam, o salto pode fazer bem até para a osteoporose. “O efeito do impacto pode ser muito bom para quem tem pré-disposição a osteoporose. Obviamente, a pessoa não deve ficar saltando aleatoriamente. É preciso de um profissional para indicar a forma correta”, esclarece o professor de educação física Marco Rodrigo. Para evitar o risco de quedas, só pratique o esporte em superfícies estáveis. Obesos e pessoas com joelhos e quadris frágeis devem evitar esse exercício.