Até então, estavam disponíveis apenas pequenas quantidades de doses ou tratamentos novos, indicou a Organização, recordando que em circunstâncias normais a avaliação clínica deste tipo de tratamento levaria ao menos dez anos. Os 200 especialistas reunidos pela OMS a portas fechadas em um hotel de Genebra têm a missão de analisar as possibilidades de produção e de utilização desses tratamentos experimentais.
Segundo a OMS, o avanço dos casos do vírus do Ebola na África Ocidental "não tem precedentes por seu alcance e complexidade e pela carga que representa para os sistemas de saúde". Em seu último balanço na quarta-feira, a diretora-geral da organização, Margaret Chan, informou sobre mais de 1.900 mortos de um total de 3.500 casos. Na semana passada contabilizava 1.552 falecidos de 3.069 casos.
Ainda segundo a OMS, a propagação do vírus Ebola ganha força e autoridades internacionais de saúde não acreditam em uma solução para acabar com a epidemia em menos de seis meses. Para combater o vírus vários métodos estão sendo desenvolvidos, como produtos sanguíneos, terapias imunológicas, medicamentos ou vacinas, mas até o momento nenhum deles foi homologado para um uso padrão.
Em agosto, um grupo de especialistas reunidos pela OMS considerou ético que nas circunstâncias particulares atuais e sob condições estes métodos sejam propostos como tratamentos potenciais, embora ainda não se saiba se são realmente eficazes.