"O Ebola está se alastrando de maneira mais rápida do que estão conseguindo controlar os profissionais de saúde", disse Tom Kenyon, do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos. Ainda assim, Kenyon afirmou que o mundo possui as ferramentas necessárias para conter o surto, basta colocá-las em prática. "É preciso abrir mais centros de tratamento", declarou, acrescentando que tem negociado com a África o envio de mais médicos e enfermeiros.
Para ele, a saída é tomar as medidas que foram adotadas em outros casos de surtos de doença, como isolar os doentes, monitorar os sintomas e enterrar com cuidado as vítimas fatais. Vacinas e tratamentos experimentais não estariam disponíveis a tempo de fazer alguma diferença, completou.
A diretora do Conselho Nacional de Segurança dos EUA e assistente especial do presidente Barack Obama, Gayle Smith, declarou que "isso não é uma moléstia africana. O vírus é uma ameaça a toda a humanidade". Já foram infectadas cerca de 3 mil pessoas, das quais metade acabou morrendo.
Nos EUA, há a expectativa de que um terceiro médico norte-americano contaminado pela doença na África vá ao país para se tratar, no entanto, o médico que supervisionou o tratamento dos dois primeiros afirmou nesta quarta-feira que ainda não sabe qual será o futuro do paciente. "Eu não acredito que o local para onde ele vai já esteja decidido", disse o Dr. Bruce Ribner, chefe da unidade de doenças infecciosas do hospital universitário de Emory, em Atlanta.
Segundo a organização SIM USA, que tem feito trabalhos humanitários no continente africano, o médico contraiu o vírus do Ebola na Libéria e já está isolado. Ele atua como obstetra. A missionária Nancy Writebol, de 59 anos, e o médico Kent Brantly, de 33, também foram infectados no país e tiveram alta depois de serem tratados no hospital universitário de Emory.