De acordo com Liane Daudt, chefe do serviço de hematologia clínica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, o procedimento consiste na retirada de uma parte das células-tronco hematopoieticas (que originam as células sanguíneas adultas) de um doador geneticamente compatível com o paciente para, então, serem introduzidas na corrente sanguínea do doente. Para descobrir se o doador é compatível com o receptor, a médica explica que é feito um teste de laboratório chamado histocompatibilidade (HLA), para determinar as características genéticas do doador. O HLA é arquivado em um cadastro e cruzado com o de diversos pacientes. “Uma vez confirmada a compatibilidade, são feitos novos exames para determinar o estado de saúde da pessoa que deseja doar a medula óssea”, completa Liane.
Ainda de acordo com a Ameo, cerca de 60% dos pacientes não encontram doadores compatíveis na família. Achar um doador não aparentado depende do grau de miscigenação dos cadastrados no Redome, ou seja, quanto mais cadastros, maiores as chances para os pacientes. Liane explica que, desde que o indivíduo esteja saudável, não há restrições que impeçam a doação. “Se os exames de triagem, estiverem negativos, qualquer pessoa acima de 18 anos pode ser um doador.”