É qualquer bola que se presta à malhação? Não. De acordo com o educador físico Alexandre Pereira, a escolha do equipamento leva em conta o tipo de exercício. Para o pilates, a bola usada é a fit ball (também conhecida como gyn ball). Os tamanhos variam entre 55cm e 75cm de diâmetro. São resistentes e antiexplosão — suportam até 250kg. Já as tonning balls são bem menores, com areia dentro. Elas servem como sobrecarga para alguns esportes.
As medicine balls são bolas com uma variação de carga maior e que auxiliam exercícios mais avançados. Existem também as overballs, que são de tamanho médio ou pequeno, leves e flexíveis, muito usadas para exercícios de pressão contra a resistência. A fit ball é escolhida de acordo com o tamanho do aluno. Já a tonning e medicine ball, de acordo com a força. A overball, por sua vez, não tem nenhuma restrição de uso.
Todas essas bolas são facilmente encontradas em lojas de artigos esportivos e fisioterapêuticos. Mas lembre-se: praticar em casa pode ser perigoso. Cabe ao educador físico que supervisiona o aluno decidir qual material será usado. A opinião de um médico também é importante.
Uma aliada no pilates
Muitas pessoas falam em “bolas de pilates”. Não é à toa: o método de condicionamento lança mão desse recurso em treinos de baixo impacto, feitos sem pressa e com muito controle para evitar estresse. O alinhamento da postura é importante em cada exercício. “O pilates proporciona melhora da coordenação motora, funcionalidade, força muscular, flexibilidade, tônus muscular, contorno corporal e pode auxiliar no processo de emagrecimento (que não é seu objetivo principal)”, exalta a fisioterapeuta Letícia de Oliveira.
A professora aposentada Mara Rodrigues tem 64 anos e adora a aula de pilates. Há um ano, ela começou a praticar e não parou mais. Antes disso, ela já mantinha uma rotina de caminhadas e alongamentos, mas foi a prática com bolas que mais trouxe benefícios e condicionamento físico. “Com a idade, apareceram as dores indesejadas e muito fortes na região lombar. Todos os médicos me indicaram o pilates. Incrivelmente, a dor desapareceu”, conta.
Com treinos pelo menos duas vezes por semana, ela admite que o pilates também ajuda com a balança. “Eu tenho tendência a engordar. Quando eu fico sem praticar, nem que seja por poucos dias, tenho muita dificuldade em manter meu peso”, explica. Segundo o professor de educação física Alexandre Pereira, o acessório trabalha a musculação e a respiração. Mas o fundamental é ter cuidado com a postura. “Os principais cuidados devem ser em relação à postura e aos movimentos realizados, para não desenvolver uma lesão”, enfatiza.
Além do pilates, há muitas atividades que se beneficiam do uso de bolas. Por exemplo, pode-se fazer abdominais com as pernas apoiadas nelas — o formato esférico garante apoio e conforto. Ou apertá-las entre os joelhos, exercitando os músculos adutores enquanto se trabalha o abdômen. Os agachamentos também combinam com as bolas, assim como certos exercícios com halteres. Nesse caso, é preciso ficar em pé e de costas para a esfera. A bola deve preencher a região lombar e os braços devem ficar alinhados com os ombros. Essa atividade trabalha os membros superiores e corrige a postura.
Vantagens da malhação com bolas
Baixo custo
Fácil acesso
Possibilita treinar vários sistemas corporais, como o musculoesquelético e o cardiorrespiratório
Melhora a postura e a coordenação motora
Proporciona uma variedade de exercícios
Baixo custo
Fácil acesso
Possibilita treinar vários sistemas corporais, como o musculoesquelético e o cardiorrespiratório
Melhora a postura e a coordenação motora
Proporciona uma variedade de exercícios
Contraindicações
Grávidas, idosos, pessoas com doenças cardíacas e outras doenças graves devem pedir autorização médica antes de aderir à ginástica com bolas. Pessoas hipertensas e diabéticas também precisam de orientação para começar.