O Ministério da Saúde vai repetir a estratégia de oferecer a imunização dentro das escolas, além dos postos de saúde. O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, lembrou que a vacina quadrivalente protege contra quatro subtipos do HPV (6, 11, 16 e 18). Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo de útero, enquanto os subtipos 6 e 11 respondem por 90% das verrugas anogenitais. Jarbas alertou que a aplicação da segunda dose, seis meses após a primeira, é fundamental para garantir a imunização. "Sem a segunda dose da vacina, não há proteção".
Oncologista e presidente do conselho administrativo da Oncoclínicas do Brasil Bruno Ferrari afirma que a gratuidade da imunização é um avanço, uma vez que a vacina existe em serviços brasileiros particulares e custa até R$ 800. “A vacina imuniza contra quatro dos mais agressivos subtipos do HPV e pode reduzir, consideravelmente, os registros de câncer de colo de útero”, observa.
A vacina também está disponível nos postos de saúde para meninas que ainda não tomaram a primeira dose. Para receber a segunda dose, basta apresentar o cartão de vacinação ou documento de identificação. A terceira dose da vacina será aplicada cinco anos após a primeira.
O câncer de colo de útero é a terceira principal causa de óbitos por câncer feminino no mundo, atrás apenas do câncer de mama e do colorretal, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. “O Instituto Nacional do Câncer revelou que em 2013 foram registrados quatro mil óbitos de brasileiras pela doença. Para 2014, a estimativa de novos diagnósticos da doença é de 15, 5 mil”, afirma Ferrari.
O MS reforça a importância do uso do preservativo como proteção contra as demais doenças sexualmente transmissíveis e da realização do exame conhecido como papanicolau em mulheres a partir dos 25 anos.