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O projeto, com custo estimado em 57 milhões de euros, visa contribuir especialmente com a detecção precoce do câncer de mama, estômago, esôfago, pulmão, fígado, vesícula, pâncreas, colo, ovário, próstata e bexiga. O método também pode ajudar na detecção precoce de doenças degenerativas como o Mal de Alzheimer.
Trata-se de verificar a presença no sangue de micro-ácidos ribonucleicos (microARN), cujo aumento indicaria o desenvolvimento de um câncer. Mais de 2.500 variedades destas moléculas foram descobertas no corpo humano e podem servir de "marcadores" para detectar diferentes tipos de câncer, em um método muito mais rápido que a atual bateria de exames.
Várias equipes de pesquisadores da Europa e dos Estados Unidos já analisam o papel dos microARN nos casos de diversos tipos de câncer, mas os japoneses esperam chegar mais longe nas investigações, que ainda não permitiram elaborar um teste comercial. O programa é dirigido pela Organização Japonesa de Novas Energias e Tecnologias Industriais (Nedo), que apoia pesquisas em diversos âmbitos, com o apoio de várias empresas, entre elas Toray Industries e Toshiba, que têm grandes ambições na área médica.
O projeto é baseado em dados obtidos com 65 mil pacientes através do Centro Nacional do Câncer. "Se conseguirmos desenvolver o primeiro teste mundial de alta precisão no Japão, isto poderá aumentar em vários anos a esperança de vida das pessoas e contribuir para o desenvolvimento das indústrias japonesas", disse Tomomitsu Hotta, presidente do centro, citado pela agência Kyodo.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o câncer matou 8,2 milhões de pessoas em 2012. Os mais letais são de pulmão, estômago, fígado, colo e mama.