Viviane Peterle, reumatologista do Hospital Regional do Paranoá e coordenadora do Programa de Atenção à Saúde do Idoso, explica que já existem estatísticas que provam que quem já teve uma fratura por osteoporose fatalmente terá outras. “Quando o paciente se fratura, significa declínio da qualidade de vida”, completa. “Se um osteoporótico cai, a fratura pode levar a comorbidades maiores, como ficar de cama.”
O que deve ser feito, segundo a médica, é deixar o osso mais forte. “A melhor forma de fazer isso é cuidar dele desde criança”, ensina Peterle. Criar um osso considerado bom desde a infância ajuda a preservá-lo na velhice. Ainda de acordo com a especialista, um osso adequado tem densidade e qualidade. “O osso é composto por uma matriz óssea formada por 90% de colágeno e 10% de outras proteínas”, detalha. A relação entre esses componentes e os minerais ósseos define um osso saudável: constantemente, durante toda a vida do indivíduo, acontece a remodelação óssea, processo em que o osso muda de tamanho e de forma durante o crescimento. “Esse processo de remodelação acontece sequencialmente e começa pela reabsorção, seguida da formação de um novo osso”, diz Viviane Peterle. “Na osteoporose, há um desequilíbrio, uma vez que o organismo reabsorve mais do que forma um novo osso.”