O Comitê de Ética da Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou em uma reunião na segunda-feira o uso de tratamentos não homologados para lutar contra a febre hemorrágica do ebola, segundo um comunicado divulgado nesta terça-feira. "Diante das circunstâncias da epidemia e sob certas condições, o comitê concluiu que é ético oferecer tratamentos - cuja eficácia ainda não foi demonstrada, assim como os efeitos colaterais - como potencial tratamento ou de caráter preventivo", afirma a nota da OMS.
Até o momento não existe nenhum tratamento de cura ou vacina contra o ebola, epidemia que levou a OMS a decretar uma emergência de saúde pública mundial. Mas o uso do medicamento experimental ZMapp em dois americanos e um padre espanhol - que faleceu nesta terça-feira em Madri - infectados com o vírus quando trabalhavam na África provocou um intenso debate ético.
O medicamento, do qual existe pouca quantidade, parece apresentar resultados promissores nos dois americanos, mas o religioso espanhol morreu nesta terça-feira em um hospital de Madri. A empresa americana Mapp Biopharmaceutical, que produz o medicamento, informou na segunda-feira que enviou o estoque para o oeste da África.
Médicos de todo o mundo participaram nos debates da OMS na segunda-feira em Genebra. O comitê condicionou o uso dos tratamentos a uma "transparência absoluta sobre os cuidados, a um consentimento informado, à liberdade de escolha, à confidencialidade, ao respeito das pessoas e a preservação da dignidade e a implicação das comunidades". Também estabeleceu "a obrigação moral de obter e compartilhar as informações sobre segurança e eficácia das intervenções", que devem ser objeto de avaliação constante.
O número de mortes provocadas pelo vírus ebola superou a barreira de mil, com 1.013 óbitos e 1.848 casos registrados, segundo o balanço mais recente da OMS, que não conta com a morte do missionário espanhol.
Missionário infectado na Libéria
O missionário espanhol Miguel Pajares, repatriado na quinta-feira passada da Libéria, onde contraiu o vírus ebola, faleceu nesta terça-feira em Madri, anunciou o hospital La Paz-Juan Carlos III. O padre, de 75 anos, foi o primeiro religioso infectado com o vírus ebola repatriado para a Europa. Pajares havia contraído o ebola no hospital Saint Joseph de Monróvia, onde trabalhava.
"Ele morreu às 9H28 (4H28 de Brasília)", afirmou um porta-voz do hospital. Esta é a quarta morte nos últimos 10 dias de um funcionário do hospital Saint Joseph da capital da Libéria, vinculado à ordem religiosa de São João de Deus e fechado pelas liberianas desde 1 de agosto.
O missionário espanhol foi repatriado na quinta-feira passada em um avião especial, dentro de uma área isolada, acompanhado pela religiosa espanhola Juliana Bonoha, que trabalhava com Pajares mas que não foi infectada pelo vírus ebola segundo os exames.
OMS anuncia que ebola provocou mais de 1.000 mortes
O número de mortes provocadas pelo vírus ebola chegou a 1.013, com 1.848 casos registrados, segundo o balanço mais recente da Organização Mundial da saúde (OMS). Cinquenta e duas mortes foram registradas entre 7 e 9 de agosto, com 69 novos casos, de acordo com os dados da OMS. Segundo o balanço, 11 novos casos e sete mortes foram registrados na Guiné, 45 novos casos e 29 mortes na Libéria, assim como 13 novos casos e um óbito em Serra Leoa. Nenhum caso foi registrado no período na Nigéria, o quarto país afetado pelo vírus.
Até o momento não existe nenhum tratamento de cura ou vacina contra o ebola, epidemia que levou a OMS a decretar uma emergência de saúde pública mundial. Mas o uso do medicamento experimental ZMapp em dois americanos e um padre espanhol - que faleceu nesta terça-feira em Madri - infectados com o vírus quando trabalhavam na África provocou um intenso debate ético.
O medicamento, do qual existe pouca quantidade, parece apresentar resultados promissores nos dois americanos, mas o religioso espanhol morreu nesta terça-feira em um hospital de Madri. A empresa americana Mapp Biopharmaceutical, que produz o medicamento, informou na segunda-feira que enviou o estoque para o oeste da África.
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Missionário infectado na Libéria
O missionário espanhol Miguel Pajares, repatriado na quinta-feira passada da Libéria, onde contraiu o vírus ebola, faleceu nesta terça-feira em Madri, anunciou o hospital La Paz-Juan Carlos III. O padre, de 75 anos, foi o primeiro religioso infectado com o vírus ebola repatriado para a Europa. Pajares havia contraído o ebola no hospital Saint Joseph de Monróvia, onde trabalhava.
"Ele morreu às 9H28 (4H28 de Brasília)", afirmou um porta-voz do hospital. Esta é a quarta morte nos últimos 10 dias de um funcionário do hospital Saint Joseph da capital da Libéria, vinculado à ordem religiosa de São João de Deus e fechado pelas liberianas desde 1 de agosto.
O missionário espanhol foi repatriado na quinta-feira passada em um avião especial, dentro de uma área isolada, acompanhado pela religiosa espanhola Juliana Bonoha, que trabalhava com Pajares mas que não foi infectada pelo vírus ebola segundo os exames.
OMS anuncia que ebola provocou mais de 1.000 mortes
O número de mortes provocadas pelo vírus ebola chegou a 1.013, com 1.848 casos registrados, segundo o balanço mais recente da Organização Mundial da saúde (OMS). Cinquenta e duas mortes foram registradas entre 7 e 9 de agosto, com 69 novos casos, de acordo com os dados da OMS. Segundo o balanço, 11 novos casos e sete mortes foram registrados na Guiné, 45 novos casos e 29 mortes na Libéria, assim como 13 novos casos e um óbito em Serra Leoa. Nenhum caso foi registrado no período na Nigéria, o quarto país afetado pelo vírus.