O grupo farmacêutico Sanofi assinou um acordo exclusivo de licença a nível mundial, por até 925 milhões de dólares, com a empresa de biotecnologia americana MannKind Corporation por sua insulina em pó de inalar, anunciaram as duas companhias. O produto, que recebeu o nome Afrezza, "uma nova insulina de inalar de ação rápida para o tratamento da diabetes dos tipos 1 e 2 nos adultos", será lançado nos Estados Unidos no primeiro trimestre de 2015, segundo um comunicado conjunto.
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O acordo de colaboração prevê que a Sanofi assuma a responsabilidade do desenvolvimento, regulamentação e comercialização do produto. Em virtude de outro acordo, a MannKind produzirá o Afrezza em sua unidade de Danbury, Connecticut (nordeste dos Estados Unidos). Com o aumento de casos de diabetes registrados nos últimos anos, os grandes grupos farmacêuticos trabalham com formas de administração alternativas à injeção intravenosa subcutânea e às bombas de infusão de insulina.
Com o formato de um apito, o Afrezza é utilizado antes das refeições. O medicamento não pode ser usado por pacientes com doenças respiratórias crônicas como asma. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o produto seria equivalente às insulinas de ação ultrarrápidas existentes no mercado, como a Humalog, Apidra ou Novorapid; só que administrada via inalatória.
A ação começa após 15 minutos da inalação do pó e tem pico depois de cerca de 50 minutos. O efeito acaba completamente em cerca de 2 horas e meia. Ou seja, o novo produto não substitui os tratamentos que utilizam insulina com ação lenta e prolongada.
ExuberaEsta é a segunda vez que uma insulina produzida para ser inalada foi liberada para o público. Entre 2006 e 2007 foi lançada, pela Pfizer, a primeira versão, que ganhou o nome de Exubera. Por questões comerciais - o inalador era muito grande e pouco prático - e também de segurança, ela foi retirada do mercado cerca de um ano após o lançamento. Os dados dos últimos testes clínicos levantaram dúvidas quanto ao vínculo do produto a doenças graves no pulmão.
Com informações da AFP