

Os programas foram desenvolvidos para testar uma teoria de que o cérebro em processo de envelhecimento pode se regenerar por meio de exercícios intensos, recuperando as funções perdidas de aprendizado e memória, e melhorando a tomada de decisões, o que pode, por sua vez, aliviar a depressão. Estudos anteriores tinham demonstrado que danos em algumas funções intelectuais também provocam uma resposta pobre aos antidepressivos.
"Apesar dos avanços significativos, os tratamentos convencionais com antidepressivos deixam muitos adultos idosos deprimidos e em sofrimento", destacou o estudo. As medicações costumavam demorar a fazer efeito, e os resultados eram instáveis, com a remissão ocorrendo em apenas um terço das pessoas.
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Os resultados sugerem que os exercícios cerebrais com o computador por quatro semanas foram tão eficazes em reduzir os sintomas da depressão quanto o Escitalopram - apontam os autores do estudo. "De fato, 72% deles tiveram uma remissão completa da depressão", disse à AFP a coautora do estudo, Sarah Morimoto, do Instituto de Psiquiatria Geriátrica, em Nova York.
Além disso, segundo a investigação, o treinamento com o computador "melhora as medições da função (cerebral) executiva mais do que o Escitalopram". Entre as limitações do estudo estão a amostra pequena e a ausência de um grupo de estudos comparativo - acrescentaram os cientistas, ressaltando que seu trabalho exige investigações futuras.