De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, várias iniciativas - implantadas desde 2008, quando o estado registrou a maior epidemia de dengue - levaram a essa queda. Também contribuíram para a redução o período de seca prolongado e a imunização da população ao tipo de vírus circulante. Em 2013 foram identificados os vírus 1, 3 e 4 e em 2014 circularam os tipos 1 e 4.
Um dos projetos implantados permite o georreferenciamento, em tempo real, dos locais visitados pelos agentes municipais de saúde, que preenchem os dados sobre os focos do mosquito em um smartphone. Outra iniciativa é o prontuário eletrônico, que auxilia os profissionais das unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) nos casos suspeitos de dengue, com a inserção dos dados no sistema, que indica o melhor tratamento de acordo com os sintomas.
Além disso, foi assinado convênio, no ano passado, com o Instituto de Microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e o governo da Alemanha, por meio do Bernhard Nocht Institute, para pesquisar o mosquito Aedes aegypti e impedir sua proliferação. O trabalho consiste na captura dos insetos para análise e catalogação em laboratório, com separação por gênero e caracterização viral. A ideia é criar modelos matemáticos para antecipar os riscos e auxiliar os gestores e profissionais de saúde na tomada de decisão para prevenir surtos.
O instituto alemão investirá 350 mil euros na pesquisa, que também vai auxiliar no rastreamento antecipado da entrada do vírus chikungunya no estado. O vírus também é transmitido pelo Aedes aegypti, e os sintomas da doença são parecidos com os da dengue, mas causa também dores nos músculos e articulações, que podem durar meses. Desde janeiro, foram notificados 20 casos de febre chikungunya no Brasil, sendo três no Rio de Janeiro, em pessoas que viajaram para fora do país.