Incluir a quimioterapia no tratamento de câncer de próstata de alto risco pode aumentar em 17 meses a sobrevida dos pacientes. O benefício de utilizar remédios é comprovado em casos metastáticos, ou seja, quando as células do tumor maligno acometem outros órgãos. O mais comum é que elas cheguem aos ossos. “Até então, utilizava-se apenas a hormonioterapia, química ou cirúrgica, que consiste em bloquear a produção dos hormônios masculinos, em especial a testosterona, que estimulam as células do tumor”, esclarece o oncologista Alexandre Fonseca de Castro. Para o estudo apresentado no Asco, que envolveu 790 pacientes, considerou-se a terapia hormonal química, ministrada por injeções a cada três meses.
Expectativa Outra pesquisa comprova os benefícios da quimioterapia para combater tumores cerebrais com alto risco de progressão. Segundo a oncologista Mirielle Nogueira Martins, os medicamentos otimizam o resultado do tratamento, que rotineiramente inclui cirurgia e radioterapia, técnicas com potencial de atingir áreas vitais do cérebro, causando sequelas ou até a morte. Os participantes do estudo que associaram radioterapia e quimioterapia ganharam cinco anos a mais de vida. “É animador melhorar a expectativa de vida do pacientes com tumor no sistema nervoso central, que em geral é mórbido e agressivo. Era uma área onde não se conseguia grandes avanços”, comenta a especialista.
Apesar de comemorar os avanços, o presidente da SBOC-MG informa que é preciso esperar a publicação dos estudos em revistas científicas para que as descobertas sejam validadas pela comunidade médica e beneficem os pacientes.