"Constatamos que entre os indivíduos portadores desta variante genética, os riscos de desenvolver a doença diminuem 50% nas mulheres e 30% nos homens", disse à AFP Judes Poirier, encarregado deste estudo realizado pelo Instituto Universitário de Saúde Mental Douglas e pela Universidade McGill de Montreal. Este gene já é muito conhecido entre os cientistas que trabalham na área cardiovascular, devido ao seu papel na produção do colesterol.
Segundo Poirier, as estatinas, inibidores químicos do funcionamento deste gene, causariam o mesmo efeito no mal de Alzheimer que a variedade natural do gene descoberto pelos cientistas do Instituto Douglas. "Se tivéssemos um medicamento que nos permitisse atrasar em cinco minutos o aparecimento da doença, poderíamos reduzir à metade o número de casos de Alzheimer em uma geração", avaliou Poirier.
O mal de Alzheimer é a forma mais comum de demência entre pessoas idosas. Com 40 milhões de afetados no mundo, a doença representa um desafio em escala planetária para os sistemas de saúde e para a pesquisa, que ainda não desenvolveu um remédio para a doença.