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Esse foi o primeiro teste de uma vacina contra a doença que chegou à fase 3, aplicada em um grande número de voluntários e última etapa antes de a vacina ser submetida aos órgãos reguladores dos países. Desenvolvida pelo laboratório Sanofi, a vacina deve proteger os imunizados contra os quatro tipos da doença. A previsão é que o estudo seja concluído até o final do ano. No Brasil, a vacina deverá passar pela avaliação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, para só então ter a aprovação concedida ou não para disponibilização no país. O processo pode levar cerca de um ano.
Os resultados tiveram com base dados da pesquisa em cinco países da Ásia. Para os quatro tipos da doença, a vacina mostrou eficácia em 56% dos casos depois de três doses, percentual que ultrapassa a meta de redução de mortalidade por dengue estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 50% até 2020.
Para a gerente do departamento médico da Sanofi, Sheila Homfani, o mais importante, além da redução global da doença, é a eficácia da vacina contra a forma mais grave da dengue. “Será um impacto social muito grande conseguir a redução dos casos graves, que são os que levam à hospitalização e à morte”, avaliou.
Os testes desta etapa foram feitos durante 25 meses em mais de 10 mil crianças entre 2 e 14 anos, em 12 áreas endêmicas de Malásia, Filipinas, Tailândia e Vietnã. Foram aplicadas, no total, três dose da vacina. Segundo Sheila, é o público que mais sofre com a doença nos países onde a pesquisa foi realizada.
De acordo com a médica, no segundo semestre, o laboratório deverá divulgar os resultados da segunda e última etapa dessa fase da pesquisa, que está sendo feita em países da América Latina, inclusive no Brasil, onde 3.550 pessoas estão participando do estudo clínico.
Para a diretora de saúde pública da Sanofi, Lucia Bricks, é comum que as vacinas tenham melhor desempenho entre as formas mais graves das doenças, como ocorre com a gripe. "A redução de casos da dengue hemorrágica é de grande importância porque reduz a forma mais grave, que, embora mais rara, é mais perigosa."
(Com informações da Agência Brasil e Agência Estado)