saiba mais
Em nota, a OMS destacou que os índices de infecção por HIV entre homens gays permanecem altos em quase todo o mundo e que novas opções de prevenção se fazem urgentemente necessárias. A estimativa é que a profilaxia pré-exposição poderia reduzir entre 20% e 25% a incidência da doença nesse público, chegando a evitar até 1 milhão de novas infecções entre o grupo nos próximos dez anos.
Alerta não se aplica a todos
A recomendação da OMS não se aplica a todos e depende de uma decisão pessoal."Se têm uma relação estável, ou se as duas pessoas são HIV negativo e não há risco, não há nenhuma razão para tomar estes medicamentos", explicou Gottfried Hirnschall, que dirige o departamento HIV da OMS. Já se for uma relação na qual uma das pessoas é HIV positivo e a outra HIV negativo, é uma opção que deve ser considerada.
"Os estudos realizados não mostram efeitos colaterais muito grandes, mas são medicamentos, tratamentos e, portanto, este aspecto deve ser levado em consideração antes de tomar uma decisão", disse ainda o porta-voz da OMS.
Em maio, as autoridades de saúde americanas recomendaram que todos os grupos de risco tomassem antirretrovirais, especialmente os homossexuais, com a esperança de reduzir o número de novas infecções, que não muda há 20 anos.
Risco aumentado
Estudos indicam, segundo a organização, que homens que fazem sexo com homens têm 19 vezes mais chance de contrair o HIV do que a população em geral, enquanto o risco entre mulheres profissionais do sexo é 14 vezes maior do que entre as demais mulheres. Já mulheres transgêneros (homens que se identificam como mulheres) têm quase 50 vezes mais chance de contrair o HIV do que os demais adultos. Para usuários de drogas, o risco também chega a ser quase 50 vezes maior que a população em geral.
“Falhas no provimento de serviços adequados relacionados ao HIV para grupos-chave – homens que fazem sexo com homens, presidiários, usuários de drogas, profissionais do sexo e pessoas transgênero – ameaçam o progresso global na resposta ao HIV”, alertou a organização.
Essas pessoas, segundo a OMS, apresentam maior risco de contrair infecção por HIV e, ainda assim, têm menos acesso à prevenção, aos testes rápidos e ao tratamento. “Em muitos países, elas são deixadas de lado por políticas nacionais de HIV, enquanto leis discriminatórias e políticas são as principais barreiras para o acesso”, acrescenta na nota.
(Com informações da Agência Brasil e AFP)