No nível molecular, as duas doenças inflamatórias crônicas de pele têm características pouco conhecidas por cientistas. Em busca de respostas mais sólidas, Maria Quaranta e colegas compararam as marcas moleculares de 24 pacientes com eczema e psoríase. A análise de ambas as condições envolveu principalmente componentes genéticos do sistema imunológico e epidérmico de cada voluntário.
Os autores consideraram dois genes, o NOS2 e o CCL27, para distinguir formas gerais de psoríase e eczema. Essas estruturas foram escolhidas por mostrarem uma diversidade forte entre psoríase e eczema em todos os pacientes investigados e se oporem em termos de regulação da pele. Os resultados iniciais desse método sugerem que ele pode ser mais eficiente do que as técnicas padrão como avaliação clínica e histológica.
A partir do perfil genético de cada voluntário, os autores demonstraram que, ao contrário do eczema, a psoríase se assemelha largamente a uma reação de cicatrização da ferida, com uma superativação das respostas imunitárias na camada superior da pele. Essa é a razão do surgimento de placas escamosas sob a pele. Já o eczema é caracterizado por outros subtipos de células imunitárias que prejudicam a barreira epidérmica e a resposta imune na pele. Consequentemente, as reações cutâneas do eczema são quase sempre infestadas por bactérias, fungos ou vírus, que agravam a inflamação.
Tomados em conjunto, os resultados mostram que é possível desmembrar essas duas condições da pele a partir da análise genética de cada paciente. Os resultados, acreditam os pesquisadores, definem o cenário para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas baseadas nas diferentes assinaturas moleculares de psoríase e eczema.