Explicar a ginástica holística com palavras é limitante, avisa a fisioterapeuta Aline Lopes. “É completamente diferente de você vivenciar.” Os exercícios holísticos são atividades de baixo impacto que buscam melhorar a postura e a consciência corporal. O nome vem do grego holus, que significa “todo”. O foco sai de conjuntos musculares específicos e se volta para movimentos que atinjam mais partes do corpo.
Os exercícios podem ajudar no tratamento e na prevenção de doenças nas articulações, nos músculos e nos ossos. Exemplos são a osteoporose, que provoca enfraquecimento da estrutura óssea, a lordose e a escoliose, que indicam desvios na coluna, e a tendinite, que representa inflamações nos tendões. Os resultados têm alcance mais amplo. “Não envolve só a questão física, mas a parte mental e espiritual”, ressalta Marlus Padovan, que dá aulas de alongamento holístico. Ele explica que os exercícios promovem benefício prolongado: auxiliam no sono, na postura e até no equilíbrio emocional.
A socióloga aposentada Vânia Nina gostou dos exercícios por serem completos, estimulando o corpo inteiro. “Dá uma sensação de bem-estar e a coluna agradece.” Ela levou o marido, Carlos Nina, para as aulas. No ano passado, ele teve um princípio de infarto, e o alongamento holístico foi uma das maneiras de continuar se exercitando sem fazer esforços excessivos. Com a prática, ele teve disposição para persistir em uma das paixões: o motociclismo. “Consegui fazer com tranquilidade uma viagem de 15 dias de moto”, relata, referindo-se à Rota 66, caminho nos EUA de quase 4 mil quilômetros.
Outro diferencial das técnicas holísticas é a ênfase na autonomia. Segundo Aline Lopes, alguns métodos posturais dependem do profissional, que precisa colocar o corpo da pessoa na posição certa. As posturas devem ser realizadas por meio de orientações verbais para que o aluno faça por si mesmo o movimento. “Isso desenvolve a percepção corporal e a memorização dos exercícios. Você ensina a mente a trabalhar o corpo.”
A servidora pública Valéria Mota, 50 anos, faz aulas de alongamento holístico há cerca de três meses e gosta de compreender o funcionamento das atividades. “É muito bom entender o propósito dos movimentos, para que serve o trabalho com os músculos, com a respiração.” Por não gostar de malhar, ela viu o método como uma alternativa para sair do sedentarismo e encontrar saúde.
Os exercícios leves pareceram estranhos para o auditor fiscal Alexandre Ferreira, 60 anos. “Os homens gostam de pegar pesado e podem achar os movimentos muito lentos. Mas, com o tempo, dá para sentir mais resultados do que na malhação e podemos usar de complemento a outras atividades físicas”, afirma. Ele destaca que as posições ajudaram a fortalecer a musculatura e diminuíram o cansaço e as dores depois do futebol, esporte que pratica três vezes por semana.
Alexandre conta que se surpreendeu com a flexibilidade e o equilíbrio adquiridos. “Na primeira vez, algumas coisas pareciam impossíveis de fazer. Depois, me espantei com a minha capacidade.” Os benefícios também chegaram ao sono. “Ficava ansioso e costumava acordar durante a noite. Agora, com a mente relaxada, consigo dormir mais rápido.” Ele é um dos alunos das aulas de alongamento holístico desenvolvidas por Marlus Padovan. O método guarda semelhanças com a ginástica holística, mas com influências de outras áreas. O professor tentou unir conhecimentos tradicionais com técnicas alternativas, como a massagem chinesa tui ná, a arte marcial tai chi chuan, os exercícios de estímulo à energia vital qi gong, entre outras. Mas a principal influência vem da acupuntura e do conceito de meridianos energéticos. De acordo com a medicina chinesa, eles são canais invisíveis a olho nu por onde circula a energia vital. Toda a extensão de um meridiano é afetada ao pressionar um único ponto dele.
A ênfase maior do alongamento holístico é nas cadeias musculares. “Eu busco incluir pelo menos duas estruturas de movimento em uma mesma postura. Não vejo por que exercitar somente o braço e excluir a coluna, por exemplo.” Ele explica que um problema localizado, como uma panturrilha fraca, pode gerar um desequilíbrio que afete o joelho, o quadril e até a coluna cervical.
Padovan coloca como um dos focos alcançar resultados prolongados. De modo geral, 30 segundos de alongamento em cada parte do corpo costumam afetar somente a parte plástica dos músculos, que volta ao estado inicial em uma hora. Para reestruturar a teia muscular, é preciso um trabalho profundo e maior tempo na postura. “A ideia é alongar e fortalecer ao mesmo tempo. Com isso, você consegue reestruturar os músculos e ter um retorno definitivo na postura.”
Os exercícios holísticos procuram ser menos cansativos e seguir um ritmo gradativo e natural. Por isso, são recomendados para pessoas de todas as idades e muitos podem ser continuados em casa. “Com materiais simples, como bolinhas de tênis e rolo de macarrão, você pode repetir os exercício no lar”, destaca Aline Lopes.
Exercite-se!
Os exercícios podem ajudar no tratamento e na prevenção de doenças nas articulações, nos músculos e nos ossos. Exemplos são a osteoporose, que provoca enfraquecimento da estrutura óssea, a lordose e a escoliose, que indicam desvios na coluna, e a tendinite, que representa inflamações nos tendões. Os resultados têm alcance mais amplo. “Não envolve só a questão física, mas a parte mental e espiritual”, ressalta Marlus Padovan, que dá aulas de alongamento holístico. Ele explica que os exercícios promovem benefício prolongado: auxiliam no sono, na postura e até no equilíbrio emocional.
A socióloga aposentada Vânia Nina gostou dos exercícios por serem completos, estimulando o corpo inteiro. “Dá uma sensação de bem-estar e a coluna agradece.” Ela levou o marido, Carlos Nina, para as aulas. No ano passado, ele teve um princípio de infarto, e o alongamento holístico foi uma das maneiras de continuar se exercitando sem fazer esforços excessivos. Com a prática, ele teve disposição para persistir em uma das paixões: o motociclismo. “Consegui fazer com tranquilidade uma viagem de 15 dias de moto”, relata, referindo-se à Rota 66, caminho nos EUA de quase 4 mil quilômetros.
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A servidora pública Valéria Mota, 50 anos, faz aulas de alongamento holístico há cerca de três meses e gosta de compreender o funcionamento das atividades. “É muito bom entender o propósito dos movimentos, para que serve o trabalho com os músculos, com a respiração.” Por não gostar de malhar, ela viu o método como uma alternativa para sair do sedentarismo e encontrar saúde.
Os exercícios leves pareceram estranhos para o auditor fiscal Alexandre Ferreira, 60 anos. “Os homens gostam de pegar pesado e podem achar os movimentos muito lentos. Mas, com o tempo, dá para sentir mais resultados do que na malhação e podemos usar de complemento a outras atividades físicas”, afirma. Ele destaca que as posições ajudaram a fortalecer a musculatura e diminuíram o cansaço e as dores depois do futebol, esporte que pratica três vezes por semana.
Alexandre conta que se surpreendeu com a flexibilidade e o equilíbrio adquiridos. “Na primeira vez, algumas coisas pareciam impossíveis de fazer. Depois, me espantei com a minha capacidade.” Os benefícios também chegaram ao sono. “Ficava ansioso e costumava acordar durante a noite. Agora, com a mente relaxada, consigo dormir mais rápido.” Ele é um dos alunos das aulas de alongamento holístico desenvolvidas por Marlus Padovan. O método guarda semelhanças com a ginástica holística, mas com influências de outras áreas. O professor tentou unir conhecimentos tradicionais com técnicas alternativas, como a massagem chinesa tui ná, a arte marcial tai chi chuan, os exercícios de estímulo à energia vital qi gong, entre outras. Mas a principal influência vem da acupuntura e do conceito de meridianos energéticos. De acordo com a medicina chinesa, eles são canais invisíveis a olho nu por onde circula a energia vital. Toda a extensão de um meridiano é afetada ao pressionar um único ponto dele.
A ênfase maior do alongamento holístico é nas cadeias musculares. “Eu busco incluir pelo menos duas estruturas de movimento em uma mesma postura. Não vejo por que exercitar somente o braço e excluir a coluna, por exemplo.” Ele explica que um problema localizado, como uma panturrilha fraca, pode gerar um desequilíbrio que afete o joelho, o quadril e até a coluna cervical.
Padovan coloca como um dos focos alcançar resultados prolongados. De modo geral, 30 segundos de alongamento em cada parte do corpo costumam afetar somente a parte plástica dos músculos, que volta ao estado inicial em uma hora. Para reestruturar a teia muscular, é preciso um trabalho profundo e maior tempo na postura. “A ideia é alongar e fortalecer ao mesmo tempo. Com isso, você consegue reestruturar os músculos e ter um retorno definitivo na postura.”
Os exercícios holísticos procuram ser menos cansativos e seguir um ritmo gradativo e natural. Por isso, são recomendados para pessoas de todas as idades e muitos podem ser continuados em casa. “Com materiais simples, como bolinhas de tênis e rolo de macarrão, você pode repetir os exercício no lar”, destaca Aline Lopes.
Exercite-se!