O exame pélvico manual, no qual os ginecologistas usam as mãos para sentir com o tato formações potencialmente cancerosas, não é necessário para a maioria das mulheres, afirmou nesta segunda-feira um colegiado de médicos nos Estados Unidos. O Colégio Americano de Médicos advertiu que as mulheres ainda devem visitar seus médicos anualmente para fazer exames de Papanicolau e de rastreamento de câncer de colo do útero e doenças sexualmente transmissíveis.
No entanto, uma revisão sistemática de pesquisas publicadas entre 1946 e janeiro de 2014 demonstrou que quando se trata do exame pélvico manual, os riscos superam os benefícios, segundo descobertas publicadas nos Anais de Medicina Interna. "O exame pélvico de rotina não se mostrou benéfico para mulheres não grávidas, assintomáticas, com risco médico", destacou a co-autora do estudo, Linda Humphrey.
O exame "raramente detecta uma doença importante e não reduz a mortalidade e é associado a desconforto para muitas mulheres, falsos positivos e negativos, e custos extra". O exame pélvico é feito quando o médico ou a médica introduz um ou mais dedos na vagina da paciente, enquanto usa a outra mão para sentir a parte interna do abdômen em busca de inchaços ou aglomerados.
Ao invés de fazer um exame pélvico em todas as mulheres, os médicos deveriam limitá-lo àquelas que têm sintomas, como corrimento vaginal, sangramento anormal, dor, problemas urinários ou disfunção sexual, destacou o Colégio de Médicos. Atualmente, o Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas afirma que o exame pélvico não é necessário para adolescentes saudáveis.
Laura MacIsaac, professora associada de obstetrícia, ginecologia e ciências reprodutivas da Escola de Medicina Icahn, no Hospital Monte Sinai, em Nova York, disse que o estudo é importante, mas não conduz a grandes mudanças na prática. "Este é um estudo importante para questionar o que fazemos. (Mas) do meu ponto de vista, não temos dados suficientes para mudar nossa prática", declarou à AFP.
Enquanto o exame pélvico é apenas um componente do check-up ginecológico anual, ele pode causar desconforto nas mulheres e levá-las a fazer exames desnecessários, afirmou. MacIsaac, que não participou do esboço das diretrizes, disse que mais estudos são necessários para comparar os resultados entre as mulheres que se submetem ao exame pélvico e as que não o fazem.
Enquanto isso, ela viu a divulgação do estudo como parte de um movimento maior na direção de buscar dicas de bem estar nas visitas médicas e aos médicos e de não se concentrar exclusivamente no rastreamento da doença.
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O exame "raramente detecta uma doença importante e não reduz a mortalidade e é associado a desconforto para muitas mulheres, falsos positivos e negativos, e custos extra". O exame pélvico é feito quando o médico ou a médica introduz um ou mais dedos na vagina da paciente, enquanto usa a outra mão para sentir a parte interna do abdômen em busca de inchaços ou aglomerados.
Ao invés de fazer um exame pélvico em todas as mulheres, os médicos deveriam limitá-lo àquelas que têm sintomas, como corrimento vaginal, sangramento anormal, dor, problemas urinários ou disfunção sexual, destacou o Colégio de Médicos. Atualmente, o Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas afirma que o exame pélvico não é necessário para adolescentes saudáveis.
Laura MacIsaac, professora associada de obstetrícia, ginecologia e ciências reprodutivas da Escola de Medicina Icahn, no Hospital Monte Sinai, em Nova York, disse que o estudo é importante, mas não conduz a grandes mudanças na prática. "Este é um estudo importante para questionar o que fazemos. (Mas) do meu ponto de vista, não temos dados suficientes para mudar nossa prática", declarou à AFP.
Enquanto o exame pélvico é apenas um componente do check-up ginecológico anual, ele pode causar desconforto nas mulheres e levá-las a fazer exames desnecessários, afirmou. MacIsaac, que não participou do esboço das diretrizes, disse que mais estudos são necessários para comparar os resultados entre as mulheres que se submetem ao exame pélvico e as que não o fazem.
Enquanto isso, ela viu a divulgação do estudo como parte de um movimento maior na direção de buscar dicas de bem estar nas visitas médicas e aos médicos e de não se concentrar exclusivamente no rastreamento da doença.