"A Organização Pan-americana da Saúde (OPS) nos apoiou na aquisição de um equipamento conhecido como termociclador", que permite identificar o vírus chikungunya nos primeiros cinco dias de contágio, explicou o diretor do Centro Nacional de Diagnóstico e Referência do Ministério da Saúde, Ángel Balmaceda, a veículos oficiais.
"Muito poucos laboratórios possuem esta tecnologia e a Nicarágua é o primeiro da região (centro-americana) que conseguiu" adquiri-la, disse o funcionário.
O equipamento, estimado em 50.000 dólares, funciona no Laboratório de Biologia Molecular do ministério, onde já foram feitos os primeiros exames em pacientes suspeitos, e "até agora não há casos positivos", assegurou. Segundo Balmaceda, com este dispositivo, é possível "realizar um total de 90 exames diários e analisá-los em um período de quatro horas", o que ajudará a identificar e atender com maior rapidez os portadores do vírus.
O chikungunya tem como sintomas febre, dor de cabeça e nas articulações, bem como erupções na pele. O vírus é transmitido mediante a picada do mosquito "Aedes aegypti" e é uma doença endêmica na África, que chegou em 2013 ao Caribe e este ano à América Central. Como medida preventiva, a Nicarágua reforçou os controles sanitários em suas fronteiras e começou a fumigar bairros e comunidades, informou o governo.
"Estamos preparados para enfrentar uma epidemia", disse nesta terça-feira a porta-voz do governo, a primeira-dama Rosario Murillo. O chikungunya avança no Caribe, com cerca de 4.500 casos confirmados até a semana passada, seguido de El Salvador, com 1.300, Panamá, com 2, e México, com 1, descoberto nesta quinta-feira.