

De acordo com a fonoaudióloga Roberta Martinelli, articuladora da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa), explica que diversas publicações científicas nacionais e internacionais demonstram a importância da intervenção precoce, evitando o desmame antes da hora. "O impacto da língua presa na amamentação é muito grande. É oportuno ressaltar que bebês com língua presa mamam, mas cansam e não se saciam. Portanto, há um ciclo de alimentação ineficiente e estressante. Normalmente, são bebês que têm um intervalo muito pequeno entre as mamadas. Além disso, as mães relatam incômodo para amamentar e engasgos frequentes durante o processo", explica a especialista. Clique aqui para ler a matéria completa sobre os exames necessários ao recém-nascido.
saiba mais
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), por outro lado, alega que a língua é avaliada rotineiramente no primeiro exame físico e não necessariamente uma alteração no frênulo lingual gera consequência imediata para o recém-nascido. O autor do projeto que deu origem à lei (PLC 113/2013), deputado Onofre Agostini (PSD-SC), esclareceu que o diagnóstico precoce possibilita o tratamento imediato e a prevenção dos problemas decorrentes da anquiloglossia, termo científico que designa a anomalia. Os problemas de sucção, por exemplo, podem levar o bebê a ser desmamado antes do tempo certo.
O relator do projeto no Senado, Eduardo Amorim (PSC-SE), que é médico, explicou que o exame é simples, rápido e indolor. Enquanto o bebê está mamando, o profissional de saúde faz a avaliação anatômica e da força de sucção, além de análise dos batimentos cardíacos, da respiração e da saturação do oxigênio.
Com informações da Agência Senado