

Gabriella Johansson, principal autora do estudo, procurou, no sangue de cabeleireiros, indícios de aminas aromáticas carcinogênicas, compostos presentes nos produtos utilizados para tingir e fazer permanentes nas mechas e que já foram banidos da União Europeia. Pelo menos uma das substâncias do grupo, a ortotoluidina, está comprovadamente envolvida na expressão de câncer de bexiga, de mama e na leucemia.
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Mais cuidados
O oncologista Cristiano Guedes Duque, da Oncoclínica do Rio de Janeiro, diz que o estudo mostra que outros produtos, além do formol, merecem atenção dos institutos de saúde e pesquisa. “Os salões de beleza são repletos de substâncias voláteis que são absorvidas pelas mucosas e podem resultar em cânceres que se manifestam anos depois”, diz o também médico do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

O oncologista clínico Vladmir Cordeiro de Lima, do A.C.Camargo Cancer Center, em São Paulo, pondera que o artigo é interessante para levantar hipóteses, mas não demonstra uma associação direta. Portanto, não há motivo para criar pânico entre os cabeleireiros e os clientes. “O estudo não permite dizer que essas pessoas terão mais câncer. Seria preciso observá-las durante muito tempo para confirmar isso. Existe a suspeita, mas, para ciência, o que vale é a certeza.”