Gosto não se discute, nem na hora de comprar um colchão. A escolha da cama realmente deve levar em conta o conforto, mas não basta seguir sua preferência. Para que a coluna permaneça alinhada, a recomendação é optar por uma superfície mais firme. Peso e altura também devem influenciar a decisão.
O colchão serve para dar estrutura ao corpo durante a noite, explica a fisioterapeuta da Duoflex e especialista em medicina do sono, Carolina Elena Carmona de Oliveira. Por isso, a escolha deve ser criteriosa. “É igual comprar sapato. Primeiro, você vê o que gosta, depois sente. Deite nos colchões da loja e experimente”, orienta. Os colchões devem ser mais firmes, para que a coluna mantenha o alinhamento adequado. Segundo Carolina, os de mola são mais adaptáveis que os de espuma.
Quem prefere dormir em um colchão de espuma deve considerar na hora da compra a medida de densidade, que varia de acordo com altura e peso. Os mais vendidos para o biotipo brasileiro, classificados como D33, sustentam até 100 quilos por pessoa, enquanto os que se encaixam na categoria D45 suportam até 150 quilos. “Não tem problema o cliente com menos de 100 quilos preferir um colchão D45, que tem a estrutura mais firme. Só não podemos cometer o erro de vender uma densidade inferior, porque isso interfere na qualidade de vida e na durabilidade do colchão”, esclarece a analista de treinamento da Orthocrin, Erika Rocha. Para a escolha de um colchão de casal, prevalece o maior peso.
Estruturados com sistemas de molejo, os colchões de mola distribuem bem o peso e se ajustam ao contorno do corpo. Os casais devem dar preferência aos de molas ensacadas, pois a tecnologia impede que as viradas na cama incomodem o parceiro. Já os colchões ortopédicos, feitos com estrutura de madeira e camada de espuma para dar mais conforto, são indicados para pessoas que se adequam a uma superfície extra-firme. “Antigamente, achavam que, quanto mais duro, melhor. Hoje, sabemos que não é a firmeza que vai garantir a saúde da coluna. A estrutura não pode ser nem muito rígida, pois não acompanha a curvatura natural do corpo, nem muito macia, para não provocar desalinhamento da coluna”, diz Erika.
Ainda é possível escolher o tipo de cobertura do colchão, chamada de camada de conforto. O visco elástico, mais conhecido como espuma da Nasa, é um material que molda melhor o contorno do corpo e em consequência diminui o número de viradas na cama. Além de aliviar os pontos de pressão do corpo e manter o alinhamento da coluna, o látex natural, extraído da seringueira, é um produto antialérgico, recomendado por ser resistente a fungos e bactérias. Uma das últimas tecnologias para a camada de conforto, o gel regula temperatura do corpo e alivia dores musculares por causar sensação do frescor.
Coincidência ou não, o administrador de empresas Arnaldo de Jesus Camilo, de 35 anos, voltou a dormir bem depois que trocou seu colchão. Acostumado desde a adolescência a deitar em colchão ortopédico, ele preferiu comprar um de mola, mas com densidade maior, e em menos de um mês percebeu a diferença na qualidade do sono. “Não perco mais noites sem dormir. As dores nas costas acabaram e agora acordo com outro ânimo. Até dá preguiça de levantar para trabalhar”, confessa.
Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Coluna Regional Minas Gerais, Rodrigo D'Alessandro, o uso de colchão inadequado pode causar dores, principalmente na região lombar. “A lombalgia piora quando dormimos de barriga para baixo. Quando estamos de lado, a coluna fica reta”, esclarece. Do ponto de vista médico, o ortopedista informa que a recomendação é de que o colchão seja firme. A fisioterapeuta da Duoflex Carolina Elena Carmona de Oliveira acrescenta que a posição de lado é mais indicada para que a coluna permaneça alinhada da cabeça aos pés, mantendo o fluxo sanguíneo. A especialista também sugere colocar um travesseiro no meio das pernas para relaxar a lombar.
VIDA ÚTIL
Tenha o hábito de rodar o colchão pelo menos uma vez por mês, para que o peso seja distribuído corretamente e não haja sobrecarga em um único ponto. Para mantê-lo limpo, a sugestão é tirar o lençol e deixá-lo ventilando em ambiente fresco, mas sem sol, pois o calor serve de combustível para micro-organismos. Outra dica é usar o aspirador para tirar a poeira. Lembre-se de respeitar o prazo de validade do colchão. Quando a superfície tomar a forma do corpo, é sinal de que precisa ser trocada.
O colchão serve para dar estrutura ao corpo durante a noite, explica a fisioterapeuta da Duoflex e especialista em medicina do sono, Carolina Elena Carmona de Oliveira. Por isso, a escolha deve ser criteriosa. “É igual comprar sapato. Primeiro, você vê o que gosta, depois sente. Deite nos colchões da loja e experimente”, orienta. Os colchões devem ser mais firmes, para que a coluna mantenha o alinhamento adequado. Segundo Carolina, os de mola são mais adaptáveis que os de espuma.
Quem prefere dormir em um colchão de espuma deve considerar na hora da compra a medida de densidade, que varia de acordo com altura e peso. Os mais vendidos para o biotipo brasileiro, classificados como D33, sustentam até 100 quilos por pessoa, enquanto os que se encaixam na categoria D45 suportam até 150 quilos. “Não tem problema o cliente com menos de 100 quilos preferir um colchão D45, que tem a estrutura mais firme. Só não podemos cometer o erro de vender uma densidade inferior, porque isso interfere na qualidade de vida e na durabilidade do colchão”, esclarece a analista de treinamento da Orthocrin, Erika Rocha. Para a escolha de um colchão de casal, prevalece o maior peso.
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Coincidência ou não, o administrador de empresas Arnaldo de Jesus Camilo, de 35 anos, voltou a dormir bem depois que trocou seu colchão. Acostumado desde a adolescência a deitar em colchão ortopédico, ele preferiu comprar um de mola, mas com densidade maior, e em menos de um mês percebeu a diferença na qualidade do sono. “Não perco mais noites sem dormir. As dores nas costas acabaram e agora acordo com outro ânimo. Até dá preguiça de levantar para trabalhar”, confessa.
Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Coluna Regional Minas Gerais, Rodrigo D'Alessandro, o uso de colchão inadequado pode causar dores, principalmente na região lombar. “A lombalgia piora quando dormimos de barriga para baixo. Quando estamos de lado, a coluna fica reta”, esclarece. Do ponto de vista médico, o ortopedista informa que a recomendação é de que o colchão seja firme. A fisioterapeuta da Duoflex Carolina Elena Carmona de Oliveira acrescenta que a posição de lado é mais indicada para que a coluna permaneça alinhada da cabeça aos pés, mantendo o fluxo sanguíneo. A especialista também sugere colocar um travesseiro no meio das pernas para relaxar a lombar.
VIDA ÚTIL
Tenha o hábito de rodar o colchão pelo menos uma vez por mês, para que o peso seja distribuído corretamente e não haja sobrecarga em um único ponto. Para mantê-lo limpo, a sugestão é tirar o lençol e deixá-lo ventilando em ambiente fresco, mas sem sol, pois o calor serve de combustível para micro-organismos. Outra dica é usar o aspirador para tirar a poeira. Lembre-se de respeitar o prazo de validade do colchão. Quando a superfície tomar a forma do corpo, é sinal de que precisa ser trocada.