Os quatro tipos do vírus da dengue circulam na região macropolitana (metropolitana mais cidades vizinhas) de São Paulo, aponta pesquisa do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP). De acordo com o pesquisador Paolo Zanotto, professor do Departamento de Microbiologia, é a primeira vez que o estado enfrenta essa condição. Entre os riscos envolvidos, está a mudança do perfil epidemiológico da doença, com manifestações mais graves e aumento das infecções em crianças.
“Em termos de epidemiologia, é a mesma situação da dengue na Ásia, quando você tem a circulação de todos os sorotipos. Percebe-se uma mudança no padrão de doença”, explicou Zanotto. Segundo ele, diante dessa condição, países do continente asiático passaram registrar casos mais graves, como a dengue hemorrágica. Além disso, devido ao acúmulo de imunidade contra o vírus em pessoas mais velhas, os jovens podem se tornar a faixa etária que mais manifesta a doença.
Para identificar os vírus, a equipe coordenada por Zanotto recolheu amostras de sangue de 1,3 mil pacientes com suspeita de dengue nos municípios do Guarujá, no litoral sul, e Jundiaí, na região de Campinas. A partir desse número inicial, foi feito o sequenciamento genético de aproximadamente 800 amostras. “Os vírus encontrados em Jundiaí eram muito parecidos com os do Guarujá. Ficou claro que ele está passando de um lugar para outro. A rota mais plausível é a Grande São Paulo”, explicou.
De acordo com o pesquisador, embora tenha sido verificada cientificamente em São Paulo, também pode estar ocorrendo em outros estados do país. “A gente já sabia da existência do sorotipo 4 na Amazônia. Sem dúvida que [esse vírus] existe em outras cidades”, estimou. Ele defende que haja a identificação e documentação dessa situação, assim como ocorreu agora no estado paulista.
Os casos de dengue, este ano, na capital paulista mais que triplicaram em relação ao registrado no mesmo período do ano passado. Segundo levantamento divulgado hoje (30) pela Secretaria Municipal de Saúde, o total de casos de dengue registrados na cidade de São Paulo este ano chegou a 6.896. Já no mesmo período do ano passado foram 1.794 casos. Em todo o ano de 2013, foram registrados 2.617 casos da doença. Os números são os maiores observados nos últimos cinco anos, quando as ocorrências chegaram a 3.046.
No estado, cinco municípios paulistas concentram a maior parte (61,8%) dos casos. Além de Campinas, Americana (5.550), São Paulo, Jaú (2.801) e Votuporanga (1.834) lideram o ranking da doença em São Paulo. Dos 645 municípios, 267 não registraram nenhum caso este ano, segundo o governo estadual.
O último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, com dados até a 18ª semana deste ano, aponta 394.614 casos em todo o país. O maior índice de casos está concentrado na Região Sudeste, com 225.401, que representa 57,1%. Em seguida, aparecem as regiões Centro-Oeste (79.998), Nordeste (35.625), Sul (31.291) e Norte (22.299). Na comparação com o ano passado, observa-se uma redução de 67,6% dos casos no país.
“Em termos de epidemiologia, é a mesma situação da dengue na Ásia, quando você tem a circulação de todos os sorotipos. Percebe-se uma mudança no padrão de doença”, explicou Zanotto. Segundo ele, diante dessa condição, países do continente asiático passaram registrar casos mais graves, como a dengue hemorrágica. Além disso, devido ao acúmulo de imunidade contra o vírus em pessoas mais velhas, os jovens podem se tornar a faixa etária que mais manifesta a doença.
Para identificar os vírus, a equipe coordenada por Zanotto recolheu amostras de sangue de 1,3 mil pacientes com suspeita de dengue nos municípios do Guarujá, no litoral sul, e Jundiaí, na região de Campinas. A partir desse número inicial, foi feito o sequenciamento genético de aproximadamente 800 amostras. “Os vírus encontrados em Jundiaí eram muito parecidos com os do Guarujá. Ficou claro que ele está passando de um lugar para outro. A rota mais plausível é a Grande São Paulo”, explicou.
De acordo com o pesquisador, embora tenha sido verificada cientificamente em São Paulo, também pode estar ocorrendo em outros estados do país. “A gente já sabia da existência do sorotipo 4 na Amazônia. Sem dúvida que [esse vírus] existe em outras cidades”, estimou. Ele defende que haja a identificação e documentação dessa situação, assim como ocorreu agora no estado paulista.
Os casos de dengue, este ano, na capital paulista mais que triplicaram em relação ao registrado no mesmo período do ano passado. Segundo levantamento divulgado hoje (30) pela Secretaria Municipal de Saúde, o total de casos de dengue registrados na cidade de São Paulo este ano chegou a 6.896. Já no mesmo período do ano passado foram 1.794 casos. Em todo o ano de 2013, foram registrados 2.617 casos da doença. Os números são os maiores observados nos últimos cinco anos, quando as ocorrências chegaram a 3.046.
No estado, cinco municípios paulistas concentram a maior parte (61,8%) dos casos. Além de Campinas, Americana (5.550), São Paulo, Jaú (2.801) e Votuporanga (1.834) lideram o ranking da doença em São Paulo. Dos 645 municípios, 267 não registraram nenhum caso este ano, segundo o governo estadual.
O último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, com dados até a 18ª semana deste ano, aponta 394.614 casos em todo o país. O maior índice de casos está concentrado na Região Sudeste, com 225.401, que representa 57,1%. Em seguida, aparecem as regiões Centro-Oeste (79.998), Nordeste (35.625), Sul (31.291) e Norte (22.299). Na comparação com o ano passado, observa-se uma redução de 67,6% dos casos no país.