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“Além de ter de conhecer os nomes, não existe nenhuma norma que obrigue a indústria a declarar os alérgenos por contaminação acidental. Isso pode acontecer, por exemplo, quando o mesmo maquinário que empacota um achocolatado com leite for usado para o café”, diz a advogada, que fez sua tese de doutorado em Direito sobre o assunto. Quando há a contaminação, podem ficar traços dos alimentos, o que também causa reações adversas. Mesmo quando o SAC é acionado, nem sempre as informações prestadas são claras.
Segundo a proposta da Anvisa, os principais alérgenos ganharão destaque. A indústria deverá ressaltar com a cor preta em um quadro branco a presença de leite, ovo, oleaginosas (castanhas), sulfitos (presentes no vinho), crustáceos, peixes e amendoim. Os traços dessas substâncias também deverão ser informados. Quando houver pelo menos 20 partes por milhão (ppm) de glúten, as indústrias também deverão acusar a presença dele.

Pesquisa
Faz cinco anos que Priscilla Tavares, 35 anos, e o marido, Paulo Ribeiro, 39, têm de lidar com dietas especiais. Pouco tempo depois de nascerem, a filha Beatriz, 5 anos, e o filho João Pedro, 3 anos, começaram a apresentar reações adversas a determinados alimentos. Beatriz tinha alergia a leite de vaca e soja, mas criou tolerância. João Pedro continua sensível aos dois alimentos. “Com quatro meses, João começou a ter sangramento intestinal”, conta a mãe. Foi aí que se iniciou um processo para descobrir a quais alimentos o bebê era alérgico e, Priscilla eliminou determinadas substâncias da própria dieta — porque elas passavam pelo leite materno — até descobrir qual era aquela que João não podia ingerir. Comprar alimentos no mercado tornou-se uma saga e, hoje, Priscilla brinca que é quase química. “Já tive de fazer pesquisas sobre toda a minha dispensa diversas vezes.”
“Os efeitos podem ser coceira, urticária, até o choque anafilático, com o acometimento de vários órgãos, inclusive podendo fechar a glote” - Paulo Eduardo Silva Belluco, presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia