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A aposta nesse tipo de célula permite que seja possível observar o processo de infecção e “brotamento” do HIV na célula humana in vitro sem interferir nele. Dessa forma, os cientistas perceberam que a proteína Alix se envolve apenas nos estágios finais do processo de replicação, em vez de interagir antes, como era esperado. “Observamos uma célula de cada vez e usamos uma câmera digital e um microscópio especial para fazer filmes e fotos do processo de brotamento”, detalha Saffarian. Ele conta que foi possível observar as partículas de Alix recrutadas para o brotamento, o que é o grande diferencial do trabalho.
Vale reforçar que a descoberta não tem qualquer implicação clínica imediata ou mesmo significa que a Alix pode ser uma nova aposta de medicamento. “Sabemos muito sobre as proteínas que ajudam o HIV a sair da célula, mas não sabemos como elas se unem para ajudar o vírus a sair. Será nos próximos 10 a 20 anos que vamos saber muito mais sobre esse mecanismo”, explica Saffarian.