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O ginecologista Fernando Reis, membro do Comitê de endocrinologia ginecológica, climatério e planejamento familiar da Sogimig, lembra que, além dos anticoncepcionais orais, há várias outras formas de apresentação, como os adesivos, os implantes, as injeções e o DIU hormonal. “Nenhum método é perfeito, E nenhum método vai funcionar da mesma maneira no seu corpo e no corpo da sua amiga, por exemplo. É importante que a mulher esteja bem informada para fazer sua escolha”, esclarece o médico.

Outro tema que ronda a cabeça feminina na hora de tomar a pílula são as notícias que volta e meia aparecem e causam alarde mundial – a proibição da Diane 35 na França, por exemplo; e a vinculação de Yaz e Yasmin a 23 mortes no Canadá. Segundo Fernando Reis, essas informações, se fossem compreendidas no todo e explicadas da maneira correta, não causariam tanto susto. “Em uma proporção de duas para cada dez mil pessoas, existem sim, casos em que o uso de várias marcas de pílula anticoncepcional, ainda que de baixa dosagem, é contraindicado. Essas pessoas podem sofrer trombose e acidentes vasculares cerebrais. Considerando o total da população, no entanto, o risco é baixo e não deve ser usado como justificativa para que uma pessoa saudável – que não tem problemas graves de coagulação, embolia, síndromes genéticas ou trombose - troque de pílula”, alerta.
O médico lembra que a decisão francesa, por exemplo, não foi seguida por outros países. “Não há justificativa razoável para a retirada do mercado. O medicamento é receitado há 30 anos e é considerado, assim como todas as pílulas comercializadas atualmente, seguro”, define, lembrando que as pílulas do final dos anos 70, que tinham dosagem hormonal mais alta e risco aumentado, nem são receitadas mais.
Como escolher? “O que é importante é realizar o exame médico antes de tomar a decisão, e não seguir simplesmente a indicação de amigas e parentes. A orientação é necessária para que a pílula seja utilizada corretamente e de forma adequada ao organismo de cada uma. O risco de uma gravidez indesejada é muito maior do que aquele advindo do uso do medicamento contraceptivo”, finaliza o especialista.