O estudo observou dois grupos de 27 voluntários, com idade entre 30 e 70 anos, durante seis meses – nos três primeiros, um grupo faria apenas duas refeições, entre 6h e 10h e entre 12h e 16h. O outro faria seis pequenas refeições, inclusive à noite. Depois o processo se inverteria.
Os voluntários perderam mais peso durante o período de menor número de refeições (1,4 kg a menos que o outro grupo, além de 4 cm a menos na cintura do que os outros participantes) e apresentaram taxa glicêmica menor. “Os números comprovam a evidência de que poucas refeições maiores seriam o melhor caminho a seguir por quem tem diabetes tipo 2”, afirmaram os autores do artigo publicado nesta quinta-feira na publicação Diabetologia.
As duas dietas eram de 1.700 calorias e compostas de 50 a 55% de carboidratos, 20 a 25% de proteína e menos de 30% de gordura. A coordenadora da pesquisa, Hana Kahleova, declarou que os pacientes ficaram com medo de sentir fome à noite, mas esse temor não se confirmou. “Pelo contrário, aqueles que fizeram seis refeições ao dia não se sentiram satisfeitos. Foi um dado muito surpreendente”, explicou à TV britânica.
"Nossos dados contradizem a opinião generalizada de que comer com mais freqüência é mais saudável. Alguns estudos têm sugerido que pessoas que consomem mais lanches são menos propensas a serem obesas, mas outras grandes pesquisas têm demonstrado que lanches frequentes podem levar ao ganho de peso e ao aumento do risco de diabetes tipo 2", destaca o artigo publicado ontem.
A comunidade científica reagiu ao achado tcheco, reafirmando que uma dieta saudável e equilibrada, exercícios físicos e a manutenção do peso saudável , além de seguir a terapia medicamentosa, são medidas vitais para controlar a doença. “Serão necessários estudos mais amplos – tanto no número de voluntários quanto em tempo – para estabelecer mudanças nas recomendações que são dadas às pessoas com diabetes tipo 2”, alertou a Sociedade Britânica de Diabetes.
Com agências