A lógica é a da tornozeleira eletrônica que monitora os passos de um prisioneiro. Por meio de um exame de imagem, cientistas norte-americanos conseguiram rastrear o trajeto e as ações de uma célula cancerígena disparada pelo tumor primário para disseminar a doença pelo organismo. Esse processo de difusão, conhecido como metástase, é responsável pela maioria das mortes em decorrência do câncer, uma vez que a célula tumoral circulante pode atingir órgãos distantes, das mais diversas formas. Ainda que, até então, não houvesse uma forma precisa de detectar essas células iniciais, elas são consideradas importantes marcadores não só para a metástase como para a reincidência do câncer e para a medida de eficácia da terapia escolhida.
A edição desta sexta-feira (9) da revista Cell Press Chemistry & Biology mostra esse grande avanço alcançado por pesquisadores da Universidade de Arkansas para Ciências Médicas, nos Estados Unidos, a partir de experiências feitas com camundongos. O método desenvolvido permite que células tumorais circulantes (CTCs) sejam rotuladas e acompanhadas individualmente. Para isso, diferenciam-as por cores usando uma técnica de fotoindução. “Embora tenham sido feitos recentemente esforços substanciais a fim de desenvolver novos métodos de estudo de CTCs in vitro e in vivo, muitos aspectos de disseminação, recirculação, migração e destino final dessas estruturas permanecem pouco conhecidos”, lembra a líder do estudo, Ekaterina Galanzha.
Atualmente, sabe-se que as células de câncer passam por várias etapas dentro do organismo humano, incluindo a invasão próxima ao tecido normal, o movimento dentro do sistema linfático ou da corrente sanguínea, a circulação em outras partes do corpo, a invasão de novos tecidos e mesmo o crescimento em locais distantes. O novo equipamento usa proteínas fluorescentes que, por fotoindução, ficam marcadas e diferenciadas de outras células cancerígenas quando começam a transitar por locais distantes do tumor original. Quando o primeiro laser de luz atinge as CTCs, elas parecem ser verde fluorescente. Um segundo laser, usando um comprimento de onda diferente, faz com que as fugitivas fiquem vermelho fluorescente.
Feixe de laser
Os pesquisadores usaram um feixe de laser violeta muito fino, destinado a pequenos vasos sanguíneos. A partir dele, detectaram a fluorescência de cada célula, que foi reproduzida no monitor do computador, permitindo a contagem e o rastreamento dessas estruturas na corrente sanguínea. Em camundongos com o tumor, os pesquisadores puderam acompanhar a dinâmica em tempo real de CTCs liberadas a partir de um tumor primário.
Eles também puderam obter imagens dos vários destinos finais de células circulantes individuais e observar como elas viajavam por meio da circulação e colonizavam os tecidos saudáveis, os locais existentes de metástase ou o local do tumor primário. “Nosso trabalho apresenta uma plataforma técnica para a análise de células circulantes individuais in vivo que integra a rotulação de células individuais diretamente na corrente sanguínea e rastreamento de células marcadas com o tempo”, explicou Galanzha.
A edição desta sexta-feira (9) da revista Cell Press Chemistry & Biology mostra esse grande avanço alcançado por pesquisadores da Universidade de Arkansas para Ciências Médicas, nos Estados Unidos, a partir de experiências feitas com camundongos. O método desenvolvido permite que células tumorais circulantes (CTCs) sejam rotuladas e acompanhadas individualmente. Para isso, diferenciam-as por cores usando uma técnica de fotoindução. “Embora tenham sido feitos recentemente esforços substanciais a fim de desenvolver novos métodos de estudo de CTCs in vitro e in vivo, muitos aspectos de disseminação, recirculação, migração e destino final dessas estruturas permanecem pouco conhecidos”, lembra a líder do estudo, Ekaterina Galanzha.
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Feixe de laser
Os pesquisadores usaram um feixe de laser violeta muito fino, destinado a pequenos vasos sanguíneos. A partir dele, detectaram a fluorescência de cada célula, que foi reproduzida no monitor do computador, permitindo a contagem e o rastreamento dessas estruturas na corrente sanguínea. Em camundongos com o tumor, os pesquisadores puderam acompanhar a dinâmica em tempo real de CTCs liberadas a partir de um tumor primário.
Eles também puderam obter imagens dos vários destinos finais de células circulantes individuais e observar como elas viajavam por meio da circulação e colonizavam os tecidos saudáveis, os locais existentes de metástase ou o local do tumor primário. “Nosso trabalho apresenta uma plataforma técnica para a análise de células circulantes individuais in vivo que integra a rotulação de células individuais diretamente na corrente sanguínea e rastreamento de células marcadas com o tempo”, explicou Galanzha.