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A história desse adolescente britânico tornou-se muito importante para milhares de pessoas quando, em 2013, ao ter a confirmação de que não seria possível uma cura, ele decidiu fazer uma lista de 46 'coisas para se fazer antes de partir'. Entre elas, estavam fazer uma tatuagem, abraçar um elefante, participar de um filme, pular de paraquedas, tocar bateria para uma multidão e arrecadar recursos para uma instituição de caridade. No caso da última promessa, ela não só foi cumprida, como alcançou a impressionante marca de £3,1 milhões, ou seja, R$11,47 milhões, que serão direcionados à instituição Teenage Cancer Trust, dedicada a melhorar a vida dos jovens com câncer. A meta inicial era de 'apenas' £1 milhão.
Famosos x Anônimos
O número de doações deu um salto na última semana, saindo de um para três milhões de libras. “Aos 19 anos, ele já fez muito mais coisas realmente importantes do que a maioria das pessoas durante décadas e décadas de vida. Ele resolveu não só ajudar a arrecadar fundos, como também dar motivos aos outros para aproveitarem a vida”, disse o comediante Jason Manford, uma das celebridades que se juntaram à causa de Stephen.
Na outra ponta, Fi Campbell, seguidora da página do adolescente, escreveu: 'sou enfermeira de cuidados intensivos e acabei de assistir com meu paciente de 27 anos a uma reportagem sobre você na televisão. Só gostaria de agradecer por dar a ele e a tantos outros tanta inspiração. É impressionante a diferença que você conseguiu com essa única campanha. Obrigada por lembrar a mim e a minha equipe o privilégio que é cuidar de pacientes como vocês'.
A ideia expressa pela enfermeira reforça estudos realizados em vários países sobre as ondas de solidariedade pela internet. Analisando campanhas semelhantes à de Stephen Sutton e à de Dani Pedrosa (mineira de apenas 16 anos que reuniu recursos para realizar o tratamento de um câncer raro nos Estados Unidos), uma equipe de pesquisadores de universidades francesas, australianas, estadunidenses e espanholas concluiu que os benefícios vão muito além da arrecadação de recursos. “A família que passa por essa situação se sente acolhida e mais forte para lidar com o desafio. Essas pessoas recuperam a esperança e a fé no espírito humano. Mesmo após a perda, o sentimento é de dever cumprido e de poucos arrependimentos. Nos casos em que não há nenhum tipo de mobilização, o cenário costuma ser bem diferente”, definiram os pesquisadores em artigo publicado no último mês de março.
Beatriz Bretas, professora aposentada da UFMG e pesquisadora de comunicação mediada por computador e redes colaborativas, explica que a popularização da internet veio acompanhada da ideia de agregação de interesses, gostos e desejos comuns. A identificação permite que um se reconheça no outro e que vínculos sejam criados, estabelecendo laços de confiança, credibilidade e afeto.
Assim, os participantes sentem-se encorajados para expressar suas experiências. “A internet hoje não evoca somente uma enorme presença das ferramentas tecnológicas, mas uma mudança qualitativa que possibilita a comunicação de muitos para muitos, favorecendo a formação de redes de solidariedade. As potencialidades tecnológicas que promovem as interações são um estímulo às reuniões de pessoas que enfrentam situações parecidas, de forma pouco onerosa e rápida. Palavras e imagens apresentam potências de mobilização para diversas causas e muitas vezes conseguem propiciar apoios mútuos”, explica Beatriz. Clique aqui para saber mais sobre essa identificação e iniciativas parecidas com a de Stephen.
Se você quiser conhecer mais sobre a história de Stephen Sutton, visite: www.facebook.com/StephensStory e twitter.com/_StephensStory. O andamento da campanha de arrecadação pode ser acompanhado em www.justgiving.com