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“Todos os métodos são fantásticos, mas nem sempre são indicados num primeiro momento. É preciso descobrir de onde parte a dor, a origem, tratá-la com analgésicos e depois seguir para outras modalidades de fisioterapia”, orienta Djalma Pereira Mota, ortopedista do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. O direcionamento adequado para cada caso depende da orientação de um especialista, que pode ser tanto o ortopedista quanto o próprio fisioterapeuta. “Caso contrário, a pessoa pode tentar fazer determinadas atividades na busca por melhoria, mas estar, na verdade, machucando ainda mais”, alerta Djalma.
Entre as alternativas mais indicadas para atacar a dor de forma imediata está a acupuntura. “A ação analgésica é muito grande e tem a intenção de promover o alívio. Trata-se de um tratamento paliativo para remissão da dor ,para que depois se parta para a fisioterapia, exercícios e reforço muscular”, orienta a fisioterapeuta e acupunturista Flávia Regina Ferreira. Os resultados podem surgir na primeira sessão. “O mais comum é que por volta da terceira ou quarta sessão a redução da dor seja mais significativa”, garante a profissional. A orientação vale tanto para desconforto lombar quanto cervical e torácico.
Também com a intenção de controlar a dor, os profissionais especializados podem utilizar a técnica de crochetagem. Segundo a fisioterapeuta Luciana Martins dos Santos, a abordagem terapêutica foi criada com o objetivo de desfazer as tensões e liberar a musculatura. “É realizada com o auxílio de um instrumento semelhante a um gancho. É uma boa forma de aliviar a dor para que, no segundo momento, seja realizado o tratamento”, afirma. Os ganchos têm curvaturas distintas e, na extremidade, forma semelhante a uma espátula, que permite que o profissional tenha acesso a áreas da musculatura e ligamentos que não se atinge com as mãos.
Segundo o fisioterapeuta Sérgio Noronha, a maior parte das lesões é causada por desarranjo mecânico provocado por má postura, desequilíbrio muscular, entre outros hábitos inadequados. Uma boa alternativa para reverter o cenário seria o uso da osteopatia. “São técnicas de manipulação e mobilização articular com a finalidade de gerar uma melhoria mecânica”, explica. Identificada a vértebra afetada, é realizada uma terapia manual de manipulação da área. Vale lembrar que a técnica não é muito indicada para quem está em fase avançada de irritação da raiz nervosa e para quem tem osteoporose.
O rolfing também é uma terapia de tratamento manual. Nesste caso, a intenção é manipular a chamada fáscia, uma espécie de malha que conecta todo o corpo humano em várias camadas e que realiza uma verdadeira integração entre órgãos, ligamentos, músculos e articulações. “Vamos manipulando e liberando o tecido com as mãos por meio de pressão. O que se tem a partir dessa reorganização corporal é uma descompressão e realinhamento da estrutura”, explica a psicóloga e rolfista Cláudia Brito. Os resultados desse rearranjo são buscados principalmente por quem sofre de dores na coluna, mas também no quadril e em outras regiões do corpo.
MUSCULATURA EM DIA
Na Clínica FortaleSer, em Belo Horizonte, a metodologia de reconstrução músculo-articular tem sido a mais usada para alívio da dor e tratamento de doenças degenerativas como a hérnia de disco. “São cinco etapas. A primeira, de fisioterapia manual, que consiste em técnicas de mobilização e manipulação articular para melhora do nível de mobilidade e flexibilidade dos músculos”, explica o fisioterapeuta Felipe Moraes. O paciente em tratamento passa então para a mesa de tração eletrônica para descompressão do disco intervertebral.
“Temos também a mesa de flexodescompressão, que é uma mesa de descompressão, mas exigindo movimentos da coluna como flexão, extensão e lateralização”, descreve Felipe. Segue-se então para a estabilização vertebral para fortalecimento da musculatura profunda do abdômen. “E finalmente vamos reinserir a pessoa em um programa de atividades físicas que são ou não indicadas para cada caso”, detalha o especialista.
A artista plástica Tânia Lúcia Fernandes Zebral, de 62 anos, encontrou no método de tratamento a saída para as dores que começou a sentir quando foi obrigada a reduzir as atividades físicas. Com o enfraquecimento da musculatura, os sintomas começaram a aparecer. “Começava na lombar, mas descia para a perna e era persistente. Foi com as 23 sessões realizadas na cama de descompressão que melhorei”, garante. Hoje ela faz ginástica funcional de acordo com suas demandas e sempre acompanhada por um profissional. Vale lembrar que não é qualquer exercício que vai aliviar o desconforto e, por isso, a importância da orientação profissional.