Várias pesquisas já demonstraram que esse analgésico está vinculado a uma redução do risco de câncer em geral e de doenças cardiovasculares, mas esse novo estudo de longo prazo permite identificar melhor as pessoas que podem se beneficiar da aspirina para prevenir o câncer de cólon.
Os especialistas analisaram tecidos de 270 indivíduos com câncer de cólon, que faziam parte de um grupo de 127.865 participantes do estudo. Eles foram acompanhados por três décadas.
Constatou-se que as pessoas com um perfil genético que não lhes permite produzir níveis elevados da enzima 15-PGDH quase não se beneficiam das propriedades preventivas da aspirina contra o câncer colorretal.
"Os indivíduos (que participaram do estudo) que tinham taxas elevadas de 15-PGDH e tomavam aspirina reduzieram à metade o risco de contrair câncer de cólon", explica o médico Sanford Markowitz, professor de Genética do Câncer na Faculdade de Medicina da University Case Western Reserve em Cleveland (Ohio), principal autor da pesquisa.
"Os que tinham baixos níveis de 15-PGDH não obtiveram qualquer benefício com a aspirina", acrescentou.