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Óculos escuros também são importantes no invernoColírio: uso indiscriminado e sem indicação médica podem prejudicar visãoModas malucas nos olhos podem causar efeito estético inverso e até cegueiraOlhos vermelhos, irritados ou com sensação de ardor? Você pode ser portador da Síndrome dos Olhos SecosQual é a melhor lente para os óculos?Nos óculos para perto, de venda disseminada no comércio ambulante, o usuário acaba comprando uma solução aproximada. “Mesmo que a visão de perto melhore, em mais de 70% dos casos o paciente não está usando o melhor óculos para seu caso.
O outro risco são os óculos escuros sem qualidade comprovada. Usados, principalmente, em ambientes ensolarados, as lentes dos óculos escuros devem ser eficazes filtros da radiação ultravioleta. Ao usar uma lente escurecida que não filtra totalmente os raios UV o paciente sofre uma maior ação desses raios em suas estruturas oculares, o que, comprovadamente, causa diversas alterações: nas pálpebras, com pequenos tumores da borda palpebral; na conjuntiva (membrana que recobre a parte branca do olho), como o pterígio, popularmente conhecida como “carne no canto do olho”; na córnea , como a ceratite actínica.
De acordo com Sáfady, há outras suspeitas, não comprovadas por estudos clínicos, de que os raios UV podem ser nocivos também para estruturas intraoculares, como o cristalino (causando uma catarata mais precoce) e a retina, sendo um dos fatores de risco para o aparecimento da degeneração macular relacionada à idade. “É bom lembrar que o que faz uma lente ser eficaz ou não contra os raios UV é o material com que ela é fabricada e não sua coloração. Uma lente clara, transparente, fabricada com material correto, pode filtrar 100% dos raios UV.
A manutenção e a atualização das lentes são essenciais. É suficiente lavá-las com água e sabonete uma vez ao dia. Já a frequência das revisões oftalmológicas deve ser definida pelo médico, mas é importante não usar óculos com grau defasado, o que causa diminuição da acuidade visual em pacientes com miopia, além de sintomas e sinais de cansaço ocular em pacientes com hipermetropia, acompanhados ou não de astigmatismo. A Sociedade Brasileira de Oftalmologia defende o exame oftalmológico em pelo menos quatro momentos. No nascimento, com o teste do reflexo vermelho, é possível detectar alterações que podem impedir o bom desenvolvimento da visão.
Na idade escolar, o objetivo é aferir a acuidade visual e correção dos erros refrativos. O terceiro momento é entre os 35 anos e 45 anos, quando podem ser evidenciadas, por meio do exame de fundo do olho, doenças como glaucoma, diabetes, hipertensão arterial, doenças reumáticas e infecciosas, que podem levar à cegueira. “O diagnóstico precoce proporciona melhor controle do quadro, contribuindo para o prognóstico do paciente e as sequelas”, alerta. O quarto momento essencial para uma avaliação é aos 65 anos, para controle de patologias como a catarata, o glaucoma, o diabetes e a detecção precoce da degeneração macular relacionada à idade e seu tratamento.