O contato com garotos e garotas em situação de risco levou Rozemere às Obras Sociais Gerônimo Candinho, em Sobradinho 2. “Aceitei o convite para o trabalho na ONG e comecei a atuar como professora, dando aulas de higiene e saúde aos jovens, além de atendê-los como médica”, relata. A atividade voluntária era conciliada como o trabalho em um hospital público de Planaltina.
A rotina permaneceu durante quase 20 anos. Há sete, Rozemere adoeceu e se afastou da ONG. Três anos depois, na fase final do tratamento, recebeu o convite para retornar à instituição, mas encabeçando um novo desafio: a inclusão de deficientes. “Era uma proposta nova. Eu nunca tinha lidado com pessoas nessa situação, mas encarei de frente. O projeto era completo, começaríamos com capacitação e profissionalização para, enfim, promover a inclusão”, relata.
Hoje, a pediatra coordena o projeto, que oferece cursos profissionalizantes e de colocação profissional. “A partir do momento em que comecei a trabalhar com esse público, ficou claro que meu objetivo de vida é ajudar com tudo que eu posso para que diferenças e limitações não façam com que as pessoas se sintam à margem da sociedade. Quero mostrar para eles que, de fato, eles fazem parte e que podem contribuir para uma construção social menos segregatória e mais igualitária”. Hoje, Rozemere dedica-se exclusivamente à causa.