O ministro da Saúde, Arthur Chioro, avaliou o resultado como positivo e atribuiu os bons números ao "esforço" de Estados e municípios, que seguiram a recomendação do órgão e fizeram as mobilizações nas escolas. A segunda fase da campanha começa nesta sexta-feira, 11, e tem como foco os postos de saúde. Chioro lembra, contudo, que a estratégia deverá continuar em algumas escolas e que, por isso, os pais devem se informar até quando a vacinação vai acontecer.
O Ministério da Saúde afirma que a vacina contra HPV, que é ofertada gratuitamente pelo SUS, ficará disponível nas 36 mil salas espalhadas pelo Brasil. O esquema de vacinação é composto por três doses, sendo a segunda delas aplicada com intervalo de seis meses e a terceira, de reforço, cinco anos após a primeira dose. Em 2015, a previsão da pasta é vacinar adolescentes de 9 a 11 anos e, em 2016, começam a ser imunizadas meninas que completam 9 anos de idade.
Apesar de, em alguns Estados, como o Rio Grande do Sul, terem surgido alguns casos de reação à vacina, o Ministério da Saúde assegura que o medicamento utilizado é seguro, sendo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e usado como estratégia de saúde pública em 51 países. De acordo com a pasta, a vacina protege contra quatro subtipos do HPV, com eficácia de 98%, sendo dois deles os responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo de útero em todo o mundo.
O órgão pondera, contudo, que a imunização não substitui a realização de exame preventivo nem o uso de preservativo nas relações sexuais. O ministério orienta que mulheres na faixa etária entre 25 e 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) prevê o surgimento de 15 mil novos casos desse tipo de câncer e aproximadamente 4,8 mil óbitos apenas neste ano segundo o Ministério da Saúde.