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O alergologista Luis Felipe Ensina explica que 20% das pessoas terão urticária em algum momento da vida. O mais complicado é quando ela é crônica. Nesse caso, ela mexe ainda mais com a qualidade de vida do paciente, que fica com a autoestima baixa por causa dos inchaços — comuns principalmente nas pálpebras, nos lábios e em volta deles — e cujo sono é atormentado pelo incômodo das coceiras. O paciente experimenta uma total perda de controle da própria vida e passa a não se sentir bem na pele que habita.
Mais um agravante é quando não há uma causa específica — não ser provocada por algum alimento ou medicação, por exemplo, mas ser espontânea, uma reação autoimune do corpo. Segundo Ensina, de 40% a 60% das urticárias são desse tipo. Dessa forma, fica mais difícil lutar contra a alergia. O resultado são pessoas dependentes de antialérgicos ou até mesmo de cortizona. O laboratório Novartis, atualmente, tenta a aprovação da Anvisa de um medicamento para substituir a cortizona. Trata-se de um imunossupressor.