Atenção para os sinais de câncer no testículos de cães e gatos

O tratamento cirúrgico da neoplasia testicular costuma dar bons resultados

por Revista do CB 29/03/2014 14:30

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Animais mais velhos merecem uma atenção especial. Principalmente, com relação a doenças cancerígenas e degenerativas. Aqueles em idade de risco (7-15 anos) estão suscetíveis a essa condição. A neoplasia testicular, mais conhecida como câncer no testículo, pode afetar cães e gatos independentemente da raça. Além da idade avançada, contribui para a proliferação desordenada de células testiculares, o chamado criptorquidismo

O diagnóstico de câncer no testículo é clínico: o veterinário faz a apalpação ou o exame de toque no pet. Desse modo, é possível detectar as alterações de tamanho e/ou formato, além de identificar se os testículos estão na bolsa escrotal. Uma vez feita a cirurgia, a recuperação do bicho é rápida — com 24 horas, ele já pode voltar à rotina. O combate à doença dificilmente é por quimioterapia, e o tumor raramente se espalha de um órgão para outro.

	Janine Moraes/CB/D.A Press
Ana Gabriela Ortiz percebeu que Geri estava tristinho e o levou ao veterinário. O cão foi operado e, hoje, leva uma vida normal (foto: Janine Moraes/CB/D.A Press)
O cão Geri, da geógrafa Ana Gabriela Ortiz, enfrentou um câncer no testículos há dois anos. O “huskyta” (cruzamento de husky e akita”), que hoje está com 8 anos, foi achado na rua. Na época, Ana fez uma campanha no Facebook para encontrar o dono da mascote, mas não obteve sucesso. O diagnóstico da doença veio logo em seguida. “Ele estava muito triste e quieto, fizemos vários exames de sangue até detectar o câncer”, conta. Geri se recuperou com facilidade e hoje tem uma vida normal.

A grande complicação da neoplasia testicular é que ela tende a vir acompanhada de outras doenças “da idade”, como problemas cardíacos e renais. Por isso, a importância do acompanhamento regular. “Quando o diagnóstico é realizado de maneira precoce, conseguimos curar o paciente somente com a cirurgia. E esse animal, ao contrário do que muitos pensam, viverá normalmente”, tranquiliza a veterinária Alexandra Greuel, especializada em oncologia.

Malformação
Trata-se de uma condição caracterizada pela ausência uni ou bilateral dos testículos, que não se formaram ou não se deslocaram corretamente para a bolsa escrotal (a descida precisa ser completa até os 8 meses de vida do animal).

Tratamento
A remoção cirúrgica é o primeiro passo. Nesse caso, o animal é castrado. É preciso retirar a fonte do hormônio masculino, a testosterona. Se o câncer já tiver em um estágio adiantado, o procedimento é a ablação da bolsa escrotal, ou seja, a remoção completa.

Prevenção
Para o médico-veterinário Rafael de Souza, a melhor prevenção é a realização de exames de rotina. “É necessário o acompanhamento. Geralmente, é um problema que está associado com o avançar da idade. Quando o animal atinge a barreira dos 8 anos de idade, é bom fazer checapes periódicos, pelo menos uma ou duas vezes por ano.” A população canina mais acometida é de 7 a 15 anos de idade. Nessa fase da vida, é quando os processos degenerativos e neoplásicos começam a ocorrer. Outra maneira de prevenir é a castração do animal quando ele ainda for jovem — até 1 ano de idade. Desse modo, também é possível evitar tumores na próstata.

Fase inicial

Durante a fase inicial da doença, os sintomas são quase imperceptíveis. Apenas o volume do nódulo na região testicular pode indicar um câncer. O exame de toque é capaz de detectar o tumor no testículo do animal.

Fase avançada
Já no estágio avançado do câncer, é notado um grande aumento da bolsa escrotal. O animal pode sentir muitas dores da região, tosse, além de apresentar a síndrome da feminização (caracterizada pelo aumento das mamas e pela perda da libido).

Fique de olho
Alguns sinais revelam o que pode ser um tumor no testículo do seu pet

Volume na região testicular
Volume na região abdominal
Dor no local
Hiperssexualidade
Irritação
Agressividade
Fertilidade alterada
Alto risco de torção do cordão espermático