Muitas das infecções bacterianas - que podem acarretar em complicações graves que vão de pneumonia a doenças do trato intestinal - poderiam ser prevenidas se os trabalhadores sanitários cumprissem regras de higiene banais, explicou Frieden. "O cuidado médico mais avançado não funciona se os profissionais de saúde não prevenirem as infecções através de atitudes básicas como a lavagem frequente das mãos", afirma.
Os números, publicados no New England Journal of Medicine, foram retirados de uma pesquisa feita em 183 hospitais nos Estados Unidos, realizada em 2011. Durante o ano em questão, segundo a pesquisa conduzida pelo CDC, foram registradas 721.800 infecções em 648.000 pacientes hospitalizados. Destes, cerca de 75.000 morreram de infecções hospitalares.
As infecções mais frequentes foram pneumonia e as causadas por uma intervenção cirúrgica (ambas com 22%), seguidas das infecções gastrointestinais (17%), as do trato urinário (13%) e as da corrente sanguínea (10%). Os agentes causadores destas infecções foram Clostridium difficile (12%), Staphylococcus aureus, incluindo Staphylococcus aureus resistente à meticilina ou SARM (11%), Klebsiella (10%), E. coli (9%), Enterococcus (9 %), e Pseudomonas (7%).
O estudo também mostra uma diminuição de 4% no número de infecções causadas por SARM e de 2% nas provocadas por Clostridium difficile entre 2011 e 2012. "Tais acontecimentos representam milhares de vidas poupadas e a prevenção de sofrimento nos pacientes, que também se traduz em menores custos em todo os Estados Unidos", avaliou Patrick Conway, diretor médico dos serviços Medicare e Medicaid, sistema de saúde pública do país.